Quer economizar nas suas férias?

circo-brasilParece que brasileiro nasceu pra se ferrar mesmo. Somos explorados de todos os lados, a começar do próprio governo, que nos esfola com uma carga tributária absurda! Mas infelizmente, a coisa não para por aí. Há algum tempo atrás, foi noticiado que ao se comprar uma passagem da TAM, acessando o site da empresa em inglês, o custo era menor do que a mesma passagem quando comprada pelo site em português. Apesar da empresa ter alegado ter sido uma “falha no sistema”, parece que a prática de beneficiar os gringos não se limita a companhias aéreas.

Veja por exemplo, o resort Iberostar, considerado de alto nível, e que tem uma de suas unidades em Salvador-BA. Acidentalmente, descobri que ao fazer uma reserva pelo próprio site do hotel, mas acessando de um computador localizado fora do Brasil, o preço mostrado era quase 40% menor do que quando acessado de dentro do Brasil! Faça o teste você mesmo:

  1. Configure seu browser de internet para usar um proxy que esteja fora do Brasil (ex: Russia, Republica Tcheca, etc)
  2. Acesse o site do hotel e proceda para fazer uma reserva
  3. Verifique o preço apresentado
  4. Agora acesse o mesmo site, só que sem o proxy, e simule uma reserva para o mesmo período anterior, com as mesmas características, e compare o preço.

E tem mais: se decidir finalizar a reserva usando o método do proxy, você não precisa “mentir” em nenhuma informação. Coloque seu endereço real, no Brasil mesmo! Isso não vai alterar o preço e você não poderá ser acusado de ter dado informação falsa. Sei de várias pessoas que fizeram a reserva dessa forma, e já usufruíram do “desconto”, sem qualquer problema.

Resumindo, tudo leva a crer que o hotel oferece preços menores para estrangeiros, do que para a própria população do país em que sua unidade está instalada! Absurdo, não?

Algumas observações:

  • Ao acessar via proxy, o preço apresentado será em dólar. Dependendo da cotação atual, a diferença com o preço “brasileiro” pode ser maior ou menor.
  • Lembre-se também que ao pagar com seu cartão internacional, o governo irá morder 6.38% de IOF (agradecimentos à Dilma) sobre o valor, pois entra como uma operação feita com uma empresa fora do Brasil. Além disso, o dólar pode variar até a data do pagamento da sua fatura, portanto, você poderá pagar mais ou menos do que o previsto, dependendo da flutuação do câmbio. Fique atento.

E aí, tá a fim de passar umas férias gastando um pouco menos?

Obs: A intenção desse post não é meramente te ajudar a economizar, mas sim uma forma de protestar e fazer o pessoal “abrir o olho”, afinal, o preço deveria ser igual para todos.

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Saudades do “baixo nível” :)

Há alguns dias atrás, fuçando em uma pilha de CDs do “fundo do baú”, encontrei um CDShare de 1994, que até onde lembro, foi distribuído na (falecida) Fenasoft.

O CD era montado pela Kanopus e distribuído pela RBT (Rede Brasileira de Teleinformática). A WarmBoot BBS, da qual fui SysOp, era integrante da RBT, e contribuía com o conteúdo do CD disponibilizando as edições do WarmNews, uma revista eletrônica em SVGA que eu havia desenvolvido em Turbo Pascal + inline ASM, contendo matérias de interesse geral, especialmente para os usuários de BBS.

Para situar os mais novos (que já nasceram na época da Internet), os BBS eram servidores conectados a linha telefônica através de modems, onde as pessoas se associavam e conectavam (via modem discado) para trocar mensagens e arquivos.

Mais detalhes do WarmNews ficam para um próximo post. Esse aqui é pra tratar de um pequeno executável chamado great2!.exe que era distribuído com todos os arquivos da WarmBoot, e continha informações sobre o BBS, como conteúdos, telefone, etc.

O great2! foi feito em Assembly, e tinha cerca de 6kb de tamanho (após ser comprimido pelo lzexe). Naquela época, um dos meus passatempos era programar em baixo nível, especialmente em Assembly. Ainda tenho aqui livros sobre programação “baixo nível” pra EGA (quem lembra disso?), VGA e SVGA. Devido ao pouco poder de processamento dos 286 e 386, qualquer coisa “gráfica” decente precisava ser feita em ASM para que tivesse a performance adequada. A particularidade do great2! era que ele não usava gráficos, mas sim tela texto “normal”, e rotinas em ASM para sincronizar a pintura da tela com o refresh do monitor (CRT, obviamente), de forma a se conseguir uma rolagem e transições suaves! O pequeno executável também tocava um “midi” em background (na época, a SoundBlaster era o padrão em placas de som, totalmente compatível com a – ainda mais arcaica – AdLib), exibindo um “VU” na tela para cada instrumento da música, dando um efeito de “spectrum analyzer” 😀

A rotina de música e a própria música em si peguei prontas na – até então só disponível em universidades públicas – Internet.

O mais impressionante é que consegui rodar o great2! (e o WarmNews também) em um emulador de DOS (DosBox dentro do Windows 7 64bits) e funcionou perfeitamente, inclusive com som e rolagens suaves!

Abaixo segue um vídeo que gravei do great2! sendo executado. Saudades de quando tinha tempo de brincar com essas coisas…

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Black Friday “Brasileiro” aparentemente será mais um mico!

Infelizmente, o comércio brasileiro ainda trata os consumidores como idiotas ou pessoas sem cérebro! Nos últimos dias, pudemos observar uma avalanche de anúncios nas mídias on-line, referentes a descontos de até 90% nessa sexta-feira “Black”.

A “Black Friday” tem tradição nos Estados Unidos (é a sexta-feira logo após o feriado de Ação de Graças), onde formam-se longas filas nas lojas, durante a madrugada, para comprar produtos com descontos excelentes. Desde o ano passado, o comércio brasileiro (especialmente o comércio eletrônico) vem tentando trazer a tradição do “Black Friday” para o Brasil, como uma tentativa de fazer o povo consumir. No entanto, o que se viu ano passado foram descontos fajutos, onde os preços eram aumentados na “véspera” da promoção, fazendo com que o o valor final (após aplicado o desconto “negro”) ficasse próximo ao que se praticava nas semanas anteriores. Ou seja, puro marketing pra tentar enganar o consumidor e fazer com que ele gaste mais achando que está economizando por causa do “super desconto”.

A matemática é simples: Imagine um produto que costuma ser vendido a R$ 1.000. Na Black Friday, anunciam que o produto está com 50% de desconto, só que na véspera, aumentam o preço do produto pra R$ 1.800, ou seja, o preço final será R$ 900, um desconto real de 10% em relação ao preço praticado “normalmente”. Não duvido que haja casos onde o preço final fique igual ao preço “normal” do produto.

Infelizmente, tudo indica que esse ano a palhaçada se repetirá. Quer ver? Entre em http://www.jacotei.com.br e procure um produto eletrônico, por exemplo, tablets, celulares, TVs, etc. Depois, clique no botão “Gráfico de preços” e observe que nos dias que antecede a “Black Friday”, os preços sofrem um aumento absurdo, vide exemplos abaixo:

 

 

NÃO SEJA TROUXA, CONFIRME SE REALMENTE ESTÁ PAGANDO MENOS ANTES DE COMPRAR NA BLACK FRIDAY!

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Exemplo de respeito ao consumidor

Recentemente tive a comprovação que o Brasil está ainda na era “paleolítica” em se tratando de direitos dos consumidores, especialmente no que se refere ao tratamento dado pelas empresas à seus consumidores por aqui. Exemplo real:

Há algumas semanas atrás comprei on-line dois picture discs na Amazon.ca. Essa foi a primeira vez que comprei na Amazon Canadense. Ao fechar o pedido, escolhi o frete “standard” (mais barato, muito mais lento, mas que te dá chances de não ser tributado ao chegar no Brasil).

Ao voltar no site após alguns dias para conferir o status do meu pedido (inicialmente com prazo de entrega estimado em 2 meses), constatei que o mesmo seria entregue em 3 dias, pois estava sendo enviado via DHL!

Em um pais de primeiro mundo, eu teria ficado imensamente feliz, afinal, paguei uma miséria pelo frete, e iria receber o produto em apenas 3 dias! No entanto, como estamos no país do esfolamento, receber um produto internacional via courier aqui significa:

  • Ser tributado em 60%, inclusive sobre o valor do frete (imposto de importação)
  • Custo extra referente a taxa de armazenamento da Infraero (?!)
  • ICMS em cima do serviço prestado pela DHL
  • Taxa de desembaraço cobrada pela DHL

Enfim, fazendo todas as contas, o valor que eu teria que pagar para a DHL ficaria maior que o valor dos produtos que eu comprei (Brassssillllll!!).

Entrei no chat da Amazon.ca e expliquei o ocorrido para a atendente, salientando que o sistema deles não havia respeitado minha escolha de frete e que por isso eu teria um prejuízo muito grande, e que isso nunca tinha acontecido antes nas minhas compras na Amazon (USA). De início, o atendente deve ter pensado: “Pô, o cara vai receber o produto em 3 dias e está reclamando?!”. Mas logo entendeu meu drama após saber como remessas via courier são tratadas/taxadas aqui no país.

Pra resumir: A Amazon.ca fez o reembolso do valor integral que tive que pagar para a DHL (incluindo todos os impostos, taxas, etc) ANTES MESMO DA MERCADORIA SER ENTREGUE, sem discutir, reclamar ou criar qualquer tipo de “caso”. Eu mesmo converti para dólar canadense o valor que a DHL me informou pelo telefone, e a atendente de pronto já fez o reembolso! Isso sim é exemplo de respeito ao consumidor!

Quem sabe um dia teremos o mesmo tratamento dado pelas empresas locais… sonhar (por enquanto) não paga!

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Indo pros USA e pensando em comprar uma câmera?

Se você está viajando pros USA e pretende entrar no mundo das câmeras DSLR, recomendo a Nikon D3200. Estou gostando muito da câmera! Na internet tem dezenas de reviews da mesma pra você analisar Inúmeras publicações especializadas também publicaram reviews, sendo que diversas delas podem ser encontradas em formato digital (PDF). Na Amazon, a D3200 está custando menos de USD 600:

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Curiosidades EUA x Brasil

Sempre ouvimos falar das diferenças culturais, organizacionais, etc. dos Estados Unidos em relação ao Brasil. Mesmo no mundo globalizado, poder estar lá e comprovar pessoalmente pode trazer ainda algumas surpresas e curiosidades. Vou listar algumas, depois de ter visitado Orlando:

  • Comida: Todo mundo fala que a comida nos EUA é ruim. Bom, é verdade! Tudo com muita gordura, açucar, pimenta, regado a mega-copos de coca-cola! Depois de passar um tempo lá, você verá que comemos muito bem no Brasil!
  • Água: Curiosamente, todas as garrafas de água que comprei eram de água destilada (a última vez que tinha visto uma era no tempo das velhas baterias de carro, hehehe), adicionadas de alguns minerais. Pelo jeito, diferente do que acontece no Brasil, onde temos (por enquanto) excelentes águas minerais engarrafadas diretamente após sair do solo, lá eles não devem ter essa dádiva, ou então preferem “fabricar” a água pra ter certeza que está livre de impurezas.
  • Obesidade: Você já deve ter visto zilhões de vezes no Fantástico, etc. que a população Americana está cada vez mais gorda. Infelizmente, é a pura verdade! O número de “mega-gordos” que andam por todos os lugares em carrinhos/cadeiras motorizadas (scooters) me surpreendeu! Mas pude observar que muitos deles pareciam abusar desses carrinhos por pura “preguiça” (e não por uma condição de saúde), pois quando precisavam, simplesmente ficavam em pé e saíam andando.
  • Carrões: Nas ruas, a maioria dos carros são “carrões”, do tipo Camaro, SUV’s, etc. Muitos deles japoneses, e algumas marcas que nunca ouvi falar. Previsível, visto que lá os carros custam 1/3 do preço que pagamos aqui (ou até menos).
  • Organização: Pelo menos nos lugares que visitei, tudo era muito organizado e limpo. Obviamente, deve haver as exceções, mas não as conheci 🙂
  • Preços: Roupas, calçados, eletrônicos, óculos, etc…. tudo muito mais barato do que aqui. Chega a ser revoltante, afinal, ganhamos menos e pagamos mais, as vezes por coisas de qualidade inferior.
  • Best-Buy: Apesar de ser um paraíso de eletrônicos, o atendimento dos vendedores é péssimo. Já tinha lido isso em outros sites, e pude comprovar pessoalmente.
  • Passarinhos: Curiosamente, no hotel que fiquei (bastante arborizado), era praticamente impossível encontrar passarinhos nas árvores. A coisa chega ao ponto de colocarem auto-falantes escondidos nas arvores, reproduzindo o canto de passarinhos!!! Meio deprimente isso…
  • Cartão de crédito: Usei o cartão (VTM) pra quase tudo, NUNCA tive que digitar a senha! Em alguns casos, você tem que assinar o recibo em uma tela LCD, mas nada de senha! Enfim, perdeu o cartão, dançou!
  • Aeroportos: Dá até vergonha chegar no Brasil e encontrar um Cumbica pela frente! A infraestrutura dos aeroportos, não só nos EUA, como na Europa, dão de 10 a zero nos nossos. Essa copa vai ser uma vergonha!
  • Asfalto: Por onde andei, encontrei avenidas e rodovias de duas até 7 faixas de rolagem e asfalto impecável. No entanto, o maior limite de velocidade era 65 mph (cerca de 118Km/h), ou seja, quer correr, vá pra Alemanha!
  • Em diversos lugares (especialmente nos parques), existem máquinas de prensar moedas, estampando algum tema nelas. Você coloca “x” moedas, parte delas fica na máquina, e uma delas é prensada ao girar uma alavanca, “imprimindo” o tema escolhido. Acho que o governo não deve gostar muito dessa idéia, heheh.
  • Diferente daqui, lá as latinhas de alumínio de cerveja tem formato de garrafinhas.

Veja também meu post sobre Visa Travel Money, Parques, e Compras em Orlando.

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