SP para Serra do Rio do Rastro 2016

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Qualquer motociclista que se preze já ouviu falar da Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, com 284 curvas, algumas chegando a 180º. Há tempos estava planejando essa viagem, e finalmente a “conjunção dos astros” permitiu que eu e mais três amigos (Bramac, Hertz e Rubão) sincronizássemos as agendas e partíssemos para lá, no dia 22/Setembro/2016!

Dia 1

Dia 1

Primeiro dia (emoção off-road)

A ideia era fazer a viagem completa em 4 dias, saindo de Piracicaba (eles de Paulínia e Campinas, nos encontrando em Tatuí), sendo a primeira parada para pernoite em Curitiba. O caminho escolhido foi pelo Rastro da Serpente, que liga Capão Bonito à Apiaí. Essa foi a primeira surpresa da viagem. Asfalto e rodovias excelentes até Capão Bonito, mas bastou entrar no Rastro da Serpente para o trajeto passar de uma viagem “estradeira” para um circuito off-road! A estrada está cheia de obras, com diversos pontos onde não se sabe mais o que é asfalto e o que é terra. Pra piorar, diversos pontos estão com meia-pista, o famoso esquema “pare-siga”, obrigando você a esperar sua vez, perdendo um precioso tempo de viagem.

Pare-Siga

Pare-Siga

Final do Rastro

Final do Rastro (Hertz, eu, Bramac e Rubão)

Estávamos em quatro motos, sendo duas Harleys, uma BMW GS1200 e uma Triumph Tiger 800. Não preciso dizer que as Harleys foram as que mais sofreram nesse trajeto. Honestamente, eu não aconselho fazer o Rastro da Serpente enquanto as obras não forem finalizadas! Além de mais perigoso e estressante, o trajeto acaba levando muito mais tempo do que o previsto! Saímos as 7h30 e chegamos em Curitiba as 18h!

Riders Pub

Riders Pub

Nos hospedamos no Che Lagarto Hostel. Jantamos no shopping que ficava ao lado do CLH e depois passamos em um bar temático de motocicletas, para tomar uma cerveja artesanal (circuito feito a pé, pois os locais são próximos). Programamos com um amigo local de, na volta, ir em algum bar de rock com som ao vivo.

Dia 2 (parte 1)

Dia 2 (parte 1)

Segundo dia (trajeto bucólico)

SRR Pomerode

Pomerode

Tomamos café as 7am, e partimos para Urubici, onde iríamos pernoitar. O planejamento inicial seria chegar a tempo de fazer a Serra do Rio do Rastro também a noite. O caminho escolhido foi dica da Elisabete Bach, descrito por ela mesmo como um roteiro mais “bucólico” do que simplesmente pegar a BR 101, e realmente não deixou a desejar! Passamos por estradas e serras muito bonitas, com bom asfalto e pouco movimento! Paramos em Jaraguá do Sul para abastecer e comer alguma coisa, seguindo para Blumenau, parando para conhecer a Vila Germânica (onde é realizado o Oktoberfest) e aproveitando para almoçar. Seguindo o caminho, passamos pelo Vale Europeu, com parada em Pomerode, para dar uma olhada na fábrica recém inaugurada da cervejaria Schornstein.

Dia 2 (parte 2)

Dia 2 (parte 2)

Vila Germânica

Vila Germânica

De Pomerode, partimos para o destino final do dia, Urubici, passando por Camboriú, Florianópolis, São José, e subindo a Serra Catarinense. O trânsito estava bem pesado até São José! Infelizmente, a noite caiu e acabamos subindo a serra já sem luz do sol, portanto, não pudemos apreciar a paisagem… uma pena!

Pousada Pica-Pau

Pousada Pica-Pau

Chegamos em Urubici as 21h, e fomos recepcionados pelo Wesclei, dono da Pousada Pica-Pau. Fica a dica para quem quiser uma excelente opção de hospedagem em Urubici, com um atendimento impecável! Comemos pinhão torrado na hora no fogão a lenha, enquanto aguardávamos as pizzas recém-encomendadas. Uma das Harleys estava morrendo ao desacelerar. Depois de consultar nosso “suporte técnico” Alex (Bros Bikers), que nos deu algumas orientações sobre o que fazer, fomos dormir.

Dia 3 (parte 1)

Dia 3 (parte 1)

Terceiro dia (a serra e o coxo)

Tomamos café as 8am, abastecemos, e partimos para o Morro da Igreja. Essa é uma parada obrigatória para qualquer viajante que está na região! A vista é simplesmente magnífica! As nuvens estavam baixas, e tínhamos a impressão de estar “no céu”, olhando as nuvens por cima.

Morro da Igreja

Morro da Igreja

Saindo do Morro da Igreja, partimos para o Mirante da Serra do Rio do Rastro (passando novamente por Urubici). O trajeto é muito bonito, a maior parte com asfalto bom e vistas lindas, com muito verde e cheias de araucárias. Entrando na SC-390, o asfalto piorou absurdamente, mas nem chegou perto da “ruindade” do Rastro da Serpente.

Dia 3 (parte 2)

Dia 3 (parte 2)

Chegando no Mirante, a vista deslumbrante acima das nuvens impressionou ao mesmo tempo que decepcionou, pois escondeu as famosas curvas e nos impediu de apreciar a paisagem montanhosa enquanto descíamos a serra.

No Mirante, tivemos a visita de alguns Quatis, que ficam passeando livres e calmamente pelo local, à procura de comida fácil.

Mirante da SRR

Mirante da SRR

Descemos a serra cruzando as nuvens que havíamos avistado do Mirante. A umidade estava alta, chegando a condensar e molhar o capacete. No final, olhando para trás, para o sentido do qual viemos, não se via nada além de nuvens carregadas.

SRR Quati

Quati

Paramos para abastecer e tocar para Curitiba. Surpresa! O Waze estimava mais de 6 horas de viagem! E já era praticamente 16h da tarde! Tocamos para Curitiba, pela BR 101, pegando serração e chuva. Chegamos no Slaviero Hotel por volta das 23h, com frio e ensopados (quando começou a chover, não havia postos nem viadutos próximos onde poderíamos nos abrigar para vestir as capas de chuva)! Mas nada é tão ruim que não pode piorar. Um dos amigos tomou um “capote” ao descer da moto. Ao chegar na recepção do hotel, fomos informados que as reservas (feitas pela booking.com) não tinham sido efetivadas por culpa de uma funcionária do hotel. No fim, após alguns aborrecimentos, conseguimos entrar nos quartos (que sofreram um upgrade). Nem preciso dizer que a programação prevista de ir à algum bar foi por água abaixo.

Bramac descobriu que tinha perdido da chave do baú Givi que estava com todas as mudas de roupa! A chave reserva tinha ficado em Paulínia. O seguro não quis mandar o chaveiro, pois o problema era no baú, e não na moto (uh?! Sacanagem hein?!). Ele então acabou chamando um chaveiro 24hs, que não conseguiu abrir o baú! Ou seja, teve que se virar secando e usando a roupa que já estava usando. Ainda bem que já estávamos no penúltimo dia.

No total, rodamos nesse dia quase 700km! PQP!

Dia 4

Dia 4

Quarto dia (o retorno)

Acordamos as 7am, tomamos café, e partimos de volta pra casa. Felizmente, o trajeto de retorno não seria pelo Rastro da Serpente, mas sim pela BR-116 (Regis Bittencourt). Cerca de 30km saindo de Curitiba, paramos na famosa Estrada da Graciosa. Infelizmente, tempo fechado e muita serração, mas que não impediu de descermos a serra, que tem grande parte do seu trajeto feito de paralelepípedos. A estrada é linda e pitoresca, com muito verde e a mata atlântica margeando a pista continuamente, e diversos mirantes onde você pode parar para contemplar a natureza e comer/beber alguma coisa.

Entrada Serra da Graciosa

Entrada Serra da Graciosa

Voltamos para a Regis e continuamos o caminho de volta. Ao chegar próximo da Serra do Cachimbo, a rodovia tinha muitas obras, infinitos caminhões e, já próximo do Rodoanel Mário Covas, havia um acidente que só não nos parou completamente porque as motos passam pelos corredores!

O cansaço quer tomar conta, mas a saudade da família faz você continuar. Cheguei em casa as 20h, com o sentimento de desafio cumprido e a impressão de que não foi a última vez que visitarei aquela região!

Considerações e dicas:

  • Evite (mesmo!) fazer o Rastro da Serpente enquanto as obras não terminarem, a não ser que você esteja a fim de encarar um ambiente “off-road”.
  • Não se engane com o tempo que leva pra fazer os trajetos! A média de velocidade geral da viagem foi de 70km/h, ou seja, você vai demorar muito mais tempo do que está acostumado usando uma boa rodovia.
  • O clima na Serra do Rio do Rastro será sempre uma incógnita. Está bom em um dia, e ruim no outro. Se tiver uma agenda flexível, programe-se para ficar nos arredores da Serra por mais de um dia, assim se o tempo estiver ruim, ainda há chance de pegar ele limpo no dia seguinte. Consultar o site do mirante com cameras online pode ajudar.
  • É um absurdo a cobrança de pedágios para motos! A estrutura das praças de pedágios existente não foi feita para isso, e não sofreu qualquer adaptação para facilitar a vida do motociclista. Pelo contrário! Somos obrigados a usar as mesmas cabines dos carros e caminhões, que frequentemente tem o asfalto cheio de óleo!
  • Não dependa só do Waze, pois, com certeza, em algum momento ele ficará offline por falta de rede celular. Leve um aplicativo de GPS off-line, como o Here Maps, ou mesmo o Google Maps, lembrando de baixar os mapas antes.
  • Pousadas podem ser melhores que hotéis, vide a experiência com a Pica-Pau!
  • Apesar de ter moto há muitos e muitos anos, essa foi a primeira viagem verdadeiramente longa que fiz sobre duas rodas. Mesmo com todos os obstáculos, dores na coluna, braço, frio, chuva, etc,  o sentimento de liberdade proporcionado pelas duas rodas é insuperável.
Espírito Macgyver

É na hora do aperto que a criatividade aparece, kkkkk. Pegamos uma chuva brava chegando em Curitiba, que ensopou as roupas e obviamente os tênis. O que fazer?

O método do microondas não deu certo (eu avisei que não ia rolar, kkkk), então Bramac foi mais criativo e usou os abajures:

Eu enchi os tênis de papel higiênico, que puxaram boa parte da umidade durante a noite. Depois, enrolei a própria corda do secador de cabelo de forma que o interruptor ficasse pressionado, coloquei no mínimo, e deixei uns 10 minutos baforando em cada tênis, e funcionou 100%!

Secando o Tênis

Secando o Tênis

Visite o site motocando.warmboot.com.br para conhecer muitos pontos de interesse em várias regiões do Brasil!

Galeria de Fotos

Saindo de Tatuí

Vida longa e próspera! Up the Irons!

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Recebendo pagamentos do exterior

PayoneerQuando decidi lançar meu eBook Guia de Migração para o Firebird 3 em inglês, já prevendo oferecê-lo também em formato impresso através dos serviços de impressão sob demanda da CreateSpace, mal sabia os transtornos que viriam pela frete. Talvez o maior deles seja o fato que a CreateSpace só faz pagamentos através de cheques ou depósito bancários em bancos americanos.

Não preciso dizer que a opção “jurássica” de receber em cheque é quase que inviável no Brasil, visto que, além da demora (Correios), perde-se também muito dinheiro com as taxas cobradas pelos bancos e com a conversão de moeda. Abrir uma conta em um banco estrangeiro também é um processo burocrático e inviável para muitos.

A boa notícia é que existe um serviço chamado Payoneer, que facilita tremendamente receber pagamentos não só da CreateSpace, como de qualquer empresa internacional! O Payoneer é um cartão de crédito pré-pago, em USD. Ao se cadastrar na Payoneer e solicitar o cartão, você recebe também, automaticamente, uma conta corrente “virtual” em um banco americano (First Century Bank), com o serviço ACH (Automated Clearing House) habilitado. Isso possibilita que você receba pagamentos de praticamente qualquer empresa americana (ou estrangeira). Quando o dinheiro é depositado na sua conta virtual, ele automaticamente vai pro saldo do seu cartão Payoneer. O melhor é que você pode usar o cartão em qualquer estabelecimento que aceite Mastercard, inclusive para compras on-line em lojas do exterior (Amazon, Google, etc). Também dá pra sacar dinheiro em determinados caixas ATM em todo o mundo.

É óbvio que existem tarifas envolvidas em todo o processo. O próprio cartão tem um custo de anuidade de USD 30, além de ser cobrada uma pequena taxa a cada utilização. No entanto, pode ser uma boa opção para quem precisa receber pagamentos em dólar, e quer gastar esses dólares comprando em lojas virtuais americanas, ou mesmo em viagens para o exterior, visto que essas taxas serão menores do que os 6.38% de IOF que pagamos ao usar um cartão de crédito “brasileiro” para fazer compras em moeda estrangeira. Ainda não sei dizer se compensa usa-lo para sacar o dinheiro em Reais nos caixas eletrônicos no Brasil, pois vai depender da taxa de conversão adotada, e também da tarifa que a rede ATM irá cobrar.

Para os desenvolvedores de software, a Payoneer também aceita receber pagamentos diretamente de serviços como a PayPro, Digital River, etc.

Para quem ficou interessado, use esse link para se inscrever no Payoneer e receber USD 25 de crédito (tão logo acumule um saldo de USD 100 no cartão nos primeiros 12 meses após o cadastro – mais detalhes sobre as condições aqui). Com isso, quase que se zera a primeira anuidade.

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FreeStyle Libre – avaliação (dia 1)

Depois de quase dois anos de espera, finalmente a Abbott lançou no Brasil o FreeStyle Libre, um medidor de glicose que promete aliviar os dedos dos diabéticos, permitindo a leitura da glicemia sem picadas.

Libre e sensores

Libre e sensores

O Libre foi lançado na Europa há cerca de 2 anos. Tamanho foi o sucesso que, chegou a faltar sensores para vender! O aparelho está sendo vendido apenas em alguns países e, finalmente, chegou a vez do Brasil! Curiosamente, o Libre ainda não é vendido nos EUA, provavelmente devido a falta da aprovação do FDA.

Pelo menos nesse primeiro momento, no Brasil, o Libre só está sendo vendido via internet, e apenas para quem se cadastra no site www.freestylelibre.com.br. As vendas estão acontecendo “por ordem de cadastro”, através de uma parceria da Abbott com a Drogaria Onofre, ou seja, os primeiros que se cadastraram são os primeiros a poderem comprar. Como devo ter sido um dos primeiros, fiz a compra e três dias depois recebi o aparelho.

O preço do Kit Inicial, que é composto pelo aparelho que faz a leitura (leitor) e mais dois sensores, sai por R$ 599,70 + FRETE. Nesse Kit, o leitor sai com um desconto de R$ 120 em relação se comprasse tudo separadamente. Cada sensor custa R$ 239,90 e precisa ser trocado a cada 14 dias. Não é necessário dizer que o custo já é um fator impeditivo para muita gente 🙁

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Libre - conteúdo do pacote

Libre – conteúdo do pacote

Libre - Conteúdo da caixa com o leitor

Libre – Conteúdo da caixa com o leitor

Como funciona

Para medir sua glicose, você precisa basicamente de duas coisas: o leitor e um sensor ativo. O sensor fica literalmente grudado na parte de trás do braço. Ele é inserido de forma muito fácil e praticamente indolor, através do aplicador descartável, que acompanha cada sensor. O sensor é invasivo, ou seja, apesar dele ficar grudado na pele, um pequeno “filamento” é inserido pelo aplicador, de forma subcutânea. Calma! Não se desespere! O processo de aplicação do sensor é muito simples, rápido e feito por você mesmo. Mal dá pra sentir a “picada” durante a aplicação. Quem tem pavor de agulha também pode ficar tranquilo, pois ela fica escondida no aplicador, e é impossível vê-la no momento da aplicação. O aplicador é realmente bastante engenhoso 🙂 Apesar do aplicador usar uma agulha, a agulha não fica no seu corpo!

O sensor tem o tamanho de uma moeda de  1 R$, e possui um forte adesivo para evitar que se mova, afinal, ele precisa ficar “grudado” por 14 dias. Você pode tomar banho, fazer academia, e até mesmo nadar com o sensor (o manual diz que resiste até 1m de profundidade, por 30 minutos).

Tenho que admitir que depois de colocado, você até esquece que ele está lá. Não atrapalha em nada o dia-a-dia.

Libre - Conteúdo da caixa com o sensor

Libre – Conteúdo da caixa com o sensor e aplicador

Não vou entrar em detalhes sobre o processo de aplicação do sensor, porque é realmente muito simples e facilmente compreendido no folheto de instruções rápidas que acompanha o produto. Basicamente, você alinha o sensor e o aplicador, encaixa um no outro, pressiona de forma que o sensor seja anexado ao aplicador, e depois pressiona o aplicador na região do braço que você quer colocar o sensor. Sem mistério! Se está curioso, tem alguns vídeos no Youtube que mostram como colocar o sensor. O site do Libre também tem um vídeo tutorial.

Sensor do Libre inserido

Sensor do Libre inserido

Colocado o sensor no braço, basta ligar o aparelho (leitor). No primeiro momento que ele é ligado, você poderá selecionar algumas opções de configuração, e também atualizar a data e a hora (o meu já estava tudo certo). Terá também que definir uma faixa de glicose que você considera como seu objetivo (ex: de 80 a 140), usada basicamente na apresentação dos gráficos e para estatísticas. Depois, terá que “ativar” o sensor, bastando escolher a opção de ativação, e aproximar o aparelho perto do sensor. Todas as configurações podem ser alteradas depois.

A partir daí, você deve aguardar uma hora, enquanto o sensor “se autocalibra”. Essa é uma diferença do Libre com outros medidores contínuos de glicose: não é necessário calibrar o sensor medindo a glicose em outro aparelho! Os sensores do Libre vem pré-calibrados de fábrica.

Passada a primeira hora, você já pode começar a medir sua glicose. A medição é muito fácil: passe o leitor próximo ao sensor (por cima da roupa mesmo) e pronto! O sensor faz uma leitura do nível de glicose automaticamente, a cada 15 minutos, e armazena até 8h de leituras nele mesmo, ou seja, você pode ficar até 8h sem passar o leitor no sensor, e não perderá qualquer informação. Quando passar o leitor, ele irá descarregar as leituras armazenadas no sensor para o aparelho, e apresentar a glicemia atual, bem como a variação das últimas horas, dias, etc. através de gráficos. Tudo muito fácil de entender.

Precisão

Mais importante do que a facilidade do uso, é a precisão do aparelho! Afinal, é baseado nas medições de glicose que tomamos as decisões sobre o quanto de insulina precisamos tomar, até mesmo para fazer uma correção.

Antes de continuarmos, é importante você saber algumas coisas:

  1. Nenhum medidor de glicose de uso pessoal é 100% preciso. Muito pelo contrário, a maioria dos medidores de glicose possuem uma margem de erro que pode chegar a 20% comparado a uma medição em laboratório. Sim, é isso mesmo! Você pode ler mais sobre o assunto e ver alguns testes de precisão nesse outro post do meu blog. Não preciso dizer que uma medição errada pode fazer com que se aplique uma dose incorreta de insulina, podendo levar à uma hipoglicemia. Infelizmente, o diabético ainda tem que se basear na sua própria experiência para tentar ajustar possíveis erros.
  2. Diferente dos medidores de glicose “tradicionais”, onde a medição é feita furando-se o dedo e obtendo o sangue dos capilares, o Libre faz a medição da glicose a nível intersticial. Isso já seria suficiente para dar diferença entre os dois tipos de medições. O aparelho usa algoritmos de correção para compatibilizar as leituras. Podemos dizer que a glicose medida intersticialmente tem um atraso em relação a glicose capilar de aproximadamente 5 minutos. Por isso, quando a glicose estiver variando rapidamente, vai demorar mais tempo para o Libre perceber essa variação.

Eu já havia lido em sites internacionais, que a precisão do Libre não é muito boa nas primeiras 24h após a ativação do sensor, e tende a melhorar com o tempo. Vejamos então como o Libre se comportou no meu primeiro dia de uso. Ativei o sensor logo após ter almoçado (13h) e fiz a primeira leitura às 14h.

Libre - primeira medição

Libre – primeira medição

Para minha surpresa, a primeira medição se mostrou bastante próxima do medidor de glicose “tradicional” (lembre-se da margem de erro dos leitores!).

No entanto, as medições seguintes mostraram que  a glicose estava caindo, até chegar a um ponto onde o Libre indicou “LO” na tela. Isso acontece quando a glicose está abaixo de 40 (na medição do Libre, obviamente). O medidor tradicional acusava 56, ou seja, considerando a margem de erro, as leituras provavelmente ainda estavam compatíveis).

Libre - glicose baixa

Libre – glicose baixa (15h41)

Tomada as devidas providências para aumentar a glicose no sangue, também conhecida como “comer um pouco de açucar e/ou chocolate e/ou suco de laranja”, fui acompanhando com novas medições, e pude constatar que enquanto o medidor tradicional já apontava uma leitura fora de perigo (97), o Libre ainda mostrava “LO”. Ou seja, aparentemente, o Libre demora muito mais tempo para detectar a normalização da glicose. A medição abaixo foi feita uma hora após ter ingerido açúcar para corrigir a hipoglicemia.

Libre - ainda pensa que a glicose está baixa

Libre – ainda pensa que a glicose está baixa (16h53)

Com o passar do tempo, o Libre começou a “normalizar”, mas ainda mostrando uma diferença razoável em relação ao medidor tradicional:

Libre - medição de glicose

Libre – medição de glicose (18h05)

Horas depois, as leituras voltaram a ficar compatíveis.

Ou seja, pelo menos nesse primeiro dia, ficou claro que não será possível abolir completamente o medidor tradicional (e a Abbott deixa isso bem claro no seu manual). No caso de leituras muito baixas ou muito altas, teremos que recorrer ao medidor tradicional para “confirmar”.

Espero que passado o primeiro dia, o sensor já esteja mais “calibrado” de forma a minimizar essas diferenças. Vamos ver…

Conclusão do primeiro dia

Apesar da diferença nas leituras e do “atraso” na atualização das taxas, no caso da hipoglicemia, eu avalio esse primeiro dia como uma experiência bastante positiva. É muito bom medir a glicemia sempre que quiser, sem precisar ficar se espetando.

Também ajuda muito acompanhar a curva da glicêmica durante as horas, o que facilita também a entender como determinados alimentos, bebidas, exercícios, etc. agem no seu organismo.

Em alguns dias, farei um novo post, atualizando minha experiência com o Libre!

Fiquem de olho no blog.

Diabetes e eu

Sou diabético desde os 16 anos (estou com 43), ou seja, já vivo há mais tempo com diabetes do que sem ela. Depois de descobrir a doença e passada a fase da “lua de mel”, posterior “negação”, tratamentos alternativos, passei por trocentos endocrinologistas da minha cidade até chegar à conclusão que a melhor forma de me manter saudável era eu mesmo entender a doença pra saber como responder à ela. Li (e continuo lendo) muito sobre o assunto. O acompanhamento médico é importante, mas ele não vai estar 24h por dia ao seu lado, então mais importante ainda é saber como viver com a doença, como reagir as diferentes situações que ela vai lhe causar, como entender a glicemia, a insulina e como seu corpo responde à ela, a influência de atividade física, etc.

Dizer que um diabético pode ter uma vida normal é obviamente uma mentira. Mas podemos sim ter uma vida de qualidade, ainda mais nos tempos de hoje, com insulinas de ação ultra-rápida e as novidades tecnológicas para nos auxiliar.

O diabético vive uma batalha diária, com preocupações que pessoas normais não tem e, portanto, também não compreendem. Achar que sua taxa de glicose estará sempre normal é uma utopia. Ela vai variar constantemente, por “n” motivos que muitas vezes são óbvios, mas que muitas vezes só podem ser explicados pela “conjunção dos astros” ou talvez pelo Dr. House (pena que ele não existe de verdade).

Procuro manter a glicose dentro da faixa de 80 a 140, porque quero estar “inteiro” para aproveitar uma cura quando ela surgir. E acredite, estamos cada vez mais perto disso (mais sobre o assunto em um próximo post).

Manter a glicemia próxima da normal significa que as chances de ter hipoglicemia aumentam proporcionalmente, portanto, é essencial o monitoramento da glicose. Uma unidade a mais de insulina que se tome além do “necessário”, pode fazer a diferença entre uma glicose normal (80) e uma hipoglicemia (40). O X da questão é justamente saber a dose necessária, e aí só com a ajuda da experiência mesmo.

Leia meu segundo post: Duas semanas com o FreeStyle Libre.

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Alíquotas padrão (internas) de ICMS 2016

O ano de 2.016 já começa com uma dose a mais de dor de cabeça para os programadores, devido a falta de sensibilidade e incompetência do governo no que diz respeito a datas, prazos e complexidade de alterações das leis que eles mesmos criam (sim, estou falando das mudanças do ICMS em operações interestaduais).

Vale lembrar que alguns estados aproveitaram para alterar suas alíquotas internas de ICMS (ex: AP, AM, RS, etc).

Neste link do Cenofisco, podemos encontrar as novas alíquotas vigentes em 2.016.

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Cliente TIM é lixo!

Sou cliente (pré-pago) da TIM há muitos anos. Não porque o serviço é bom (se fosse, eu não precisaria ter colocado um repetidor GSM dentro de casa pra poder usar o telefone), mas principalmente porque outras pessoas da minha família (e amigos) também usam TIM, e com isso nos falamos pagando menos.

Sabemos que no Brasil não existe uma operadora de celular que seja realmente boa.  O sinal geralmente é horrível e o 3G costuma ser pior que modem 56K. Trocar seis por meia-duzia não resolve nada, mas hoje a TIM passou dos limites!

Comprei um Galaxy S4 i9505, que usa um chip MicroSIM, sendo que meu chip atual é padrão SIM, ou seja, não cabe. Uma troca que deveria ser simples,  foi na verdade o começo do meu inferno!

Olhando para a parte do chip (aquela dourada) no cartão SIM, pelo tamanho da mesma, presumi que não adiantaria fazer a “gambiarra” de cortar o cartão pra deixar do tamanho do MicroSIM (o que posteriormente se confirmou). Sendo assim, entrei no site da TIM para localizar uma loja onde eu pudesse fazer a troca do cartão (mantendo o mesmo número de telefone). Aí já foi o primeiro desgosto: a página de localização das lojas estava fora do ar. Busquei no Google, e todos os números e endereços retornados mostravam telefones que estavam fora de operação.

Resolvi ligar no atendimento da TIM e pedir informações sobre a localização das lojas da TIM na cidade. Me passaram 3 endereços (sem telefone, pois segundo eles, o sistema não mostrava essa informação – podem rir!!). Fui até o primeiro endereço, que descobri ser um quiosque multi-operadora dentro do Walmart, e a atendente me informou que MicroSIM ela só tinha da Vivo (TIM mandando cliente pra concorrência?!). Me indicou tentar na rodoviária (?!). Lá encontrei uma lojinha que vendia cartões de diversas operadoras. O “senhorzinho” me disse que ele tinha MicroSIM da TIM, mas que para manter o número, só indo na loja da TIM mesmo.

Enfim, fui para o Shopping Piracicaba (como odeio ir naquele shopping), onde, por sinal, está a única loja da TIM ainda ativa na cidade (afinal, a cidade é pequena, né?! “Só” meio milhão de habitantes). O vendedor tentou me empurrar um plano pós-pago, dizendo que ele não tinha chip MicroSIM “branco” pra colocar o meu número, mas que se eu fizesse um plano pós, poderia manter o número. Falei que pós-pago não me interessava, pois eu quase não uso celular (pra falar). Perguntei como iria resolver o problema, e ele disse que não tinha como resolver, e que eu p0deria ir em outra loja TIM, em alguma cidade da região!!!! Olha o absurdo! Ter que andar dezenas de km até outra cidade, pra fazer uma mera troca de chip (isso se não viessem com a mesma estória). Argumentei, reclamei, etc., tudo sem efeito. Saí da loja inconformado, pois já tinha perdido a tarde nisso.

Ainda no shopping, liguei no *144 e expliquei para a atendente o que aconteceu. Ela aparentemente ficou “espantada” com aquilo que ouviu, e no fim das contas, pediu pra que eu voltasse na loja e deixasse que ela falasse com o vendedor, pois era obrigação deles fazer a troca sem obrigar a trocar de plano. Fiz isso, mas o vendedor que me atendeu da primeira vez estava ocupado, portanto, passei pra um outro. Com “cara de bosta”, ele me devolveu o celular e disse que iria fazer a troca. Perguntei “como?”, se o outro individuo disse que não tinha cartões disponíveis. Depois de tentar dar algumas desculpas esfarrapadas, acabou abrindo o jogo, e disse que eles recebem celulares novos com chips “em branco”, e seguram esses chips pra colocar nesses aparelhos, afinal, ganham muito mais na venda de um aparelho do que trocando um chip de quem já é cliente (o que é uma visão totalmente imediatista, pois numa dessa, perdem vários clientes para a concorrência).

Enfim, a troca foi feita (R$ 10).

Saí de lá com vontade de voar no pescoço de “alguém”, e inconformado por ser tratado como “lixo”. Vou pesquisar outras operadoras, na tentativa de achar uma “menos pior”, já que “boa” mesmo não existe. Se encontrar, adeus TIM!

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O Livro da Moto

Para quem curte motos, a editora Globo acaba de lançar no mercado nacional O Livro da Moto (Enciclopédia Visual), contendo fotos e algumas especificações de 1.000 motos fabricadas desde 1.920. O livro tem capa dura, formato grande e luxuoso. O papel e a impressão são de ótima qualidade (coisa rara atualmente).

Recheado de fotos, o livro de 320 páginas não deve ser confundido com uma literatura técnica. Apesar de ter alguns capítulos dedicados a temas mais técnicos, como motores, etc. o foco do livro é apresentar as motos de forma visual (fotografias). A imagem de cada modelo é acompanhada de uma brevíssima descrição, e alguns dados como Fabricante, HP, velocidade máxima, etc.

Harleys, Indians, Honda, Yamaha e muitas outras marcas estão devidamente representadas.

Com certeza um ótimo presente para agradar quem gosta de motos!

Compre agora, no Submarino ou na Americanas.

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