Comprando guitarra da China

Esse é um relato do processo de compra de uma guitarra elétrica da China. Espero que ajude outros que queiram fazer a mesma coisa 😉

Meu interesse era por uma réplica da “Number One“, do Stevie Ray Vaughan. Tentei encontrar na internet fornecedores chineses com bom preço e que enviassem pro Brasil. Tentativas de contato com vendedores em portais como DHGate etc. foram todas frustradas, o que já era um mau sinal. Os vendedores que achei no eBay não enviavam para o Brasil. Finalmente, encontrei no AliExpress um vendedor bem comunicativo e que respondeu minhas dúvidas bem rapidamente. Segundo ele, trabalha em uma fábrica de guitarras na cidade de Shandong.

Após negociar um descontinho (como todo bom brasileiro 😀 ), fiz o pedido no AliExpress. Entre fazer o pedido, pagar os impostos e receber a guitarra, se passaram cerca de 40 dias. O envio foi feito via China Post usando o método Colis Postalis, o que acaba sendo quase que uma necessidade para pagar menos impostos (couriers como DHL, Fedex etc cobram taxas de serviço, além dos impostos normais, portanto, não eram uma opção).

Ao chegar no Brasil, a RF taxou o produto usando como base de cálculo o valor arbitrado de USD 80. No fim das contas, o valor total gasto ainda compensou bastante!

As dicas para esse tipo de compra são:

  • Converse antes com o vendedor e tire todas as suas dúvidas. Se ele não responder, já descarte pois é sinal de falta de comprometimento (ou “gópi”).
  • Não compre de lojas que participam do programa Remessa Conforme, do contrário, de cara, já na compra, você irá pagar 94% de impostos (60% taxa de importação + 17% ICMS) sobre o valor total do pedido, deixando o valor final um absurdo!
  • Certifique-se que o método de postagem tem rastreio, para que você possa acompanhar o andamento da entrega. Não use couriers (DHL, Fedex etc) para transporte, do contrário, além dos 94% ainda pagará pelo serviço deles de desembaraço etc. Chega mais rápido? Sim! Mas a facada é bem maior!
  • Fique de olho no valor do frete, pois ele entra também no cálculo do imposto. No meu caso, o frete foi grátis.
  • Tenha em mente que é uma guitarra chinesa, ou seja, não espere a qualidade de uma original.

Segue o link do vendedor, lembrando que ele tem diversos modelos de guitarra (veja alguns no final desse post) 🙂

Sobre a guitarra

Pelo preço pago (mesmo com os impostos), vale muito a pena! A construção é muito boa! Obviamente o hardware usado é “genérico chinês” – por esse preço, não tem milagre – mas confesso que me surpreendi positivamente com o que chegou.

A atenção aos detalhes também foi uma surpresa, como vocês podem conferir nas fotos abaixo. Segundo o vendedor, as madeiras usadas nela são: Alder/Amieiro (corpo), Maple/Bordo (braço) e Rosewood/jacarandá (fingerboard).

O vídeo abaixo foi gravado com tudo”original”, ou seja, sem ter trocado nenhuma peça com exceção das cordas. A única coisa que fiz foi mandar pro Feio Tomaz, luthier aqui de Pira, que deu uma geral ajustando a ação, intonação, regulou alavanca, hidratou o braço, trocou as cordas [coloquei Elixyr 0.9 – bem mais leves do que as que o Stevie usava] etc, ou seja, basicamente aquele trampo básico que se deve fazer em qualquer guitarra recém comprada 😉

Algumas fotos

Abaixo algumas fotos da guitarra recebida.

Outras guitarras

Abaixo algumas outras guitarras desse mesmo vendedor. Tem pra todos os gostos 🙂

Clique nas imagens para mais informações

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Texas Flood

SRV Texas Flood book

Stevie Ray Vaughan foi um daqueles raros artistas que já nascem com o dom que alguns outros tentam adquirir no decorrer da vida, com estudo e dedicação, e muitas vezes sem o mesmo sucesso!

Desde cedo já se destacava dentro do blues, deixando muitos mestres como Buddy Guy, Albert King, B.B. King, Eric Clapton, etc. de queixo caído! O fato do seu irmão mais velho (Jimmie Vaughan) já se apresentar em bares quando Stevie ainda era adolescente facilitou para que ele entrasse/tocasse nesses lugares, e tivesse contato com muitas lendas do estilo.

Infelizmente, meu primeiro contato com sua música foi depois de ver a notícia da sua morte num trágico acidente de helicóptero (agosto de 1990) – detalhe: ele decidiu ir naquele helicóptero em cima da hora, depois de ser avisado que um lugar tinha ficado vago. Fico imaginando quanto mais Stevie teria pra nos oferecer se não tivesse morrido tão cedo – tinha 35 anos. Menos mal que temos um farto material oficial (e uma infinidade de bootlegs de shows) para nos manter saciados enquanto aguardamos o aparecimento de alguém tão bom quanto ele para tentar compensar a perda.

(Imagem: Paul Natkin/Getty Images)

Não existia Stevie sem o blues e sem a guitarra – essa é a única forma de descrever sua relação com o estilo e com o instrumento. Quando tocava, as três coisas se tornavam uma só! Sem nunca ter estudado música e sem saber ler partituras, seu talento era natural e num nível de excelência quase que impossível de se alcançar. É difícil imaginá-lo sem a sua famosa guitarra number one (uma Fender 1959 toda mexida). Lenny, sua primeira esposa, disse que acordava as vezes durante a noite com Stevie dormindo mas com as mãos se movimentando como se estivesse tocando a guitarra – nem dormindo ele parava de tocar 🙂

Texas Flood, além do nome do seu primeiro trabalho oficial com a Double Trouble, é o nome desse livro e também de uma das músicas que, apesar de não ser de sua autoria, ficou consagrada na sua interpretação!

O livro é bem diferente de outros que já li sobre ele, pois descreve Stevie através da visão de diversas pessoas próximas que acompanharam sua vida/carreira, ou que dividiram o palco com ele: seu irmão Jimmie, Tommy Shannon + Reese Waynes + Chris Layton (Double Trouble) e de muitos outros artistas como Buddy Guy, Eric Johnson, Joe Perry, B.B. King, etc. Ou seja, o livro foge do modelo tradicional de biografia, mas segue uma linha de tempo consistente, retratando cada uma das fases através de depoimentos de quem as viveu junto com ele. E nada passa batido, inclusive a fase mais difícil onde (pra variar) o consumo de drogas e álcool quase o matou!

Para quem toca guitarra, gosta de blues ou simplesmente ama a música, é uma ótima fonte de informação pra conhecer melhor um dos maiores ícones do estilo! Infelizmente não temos uma edição em português, mas você pode comprar a versão em inglês facilmente pela Amazon, tanto em formato digital ou em papel.

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Bruce Dickinson – um autobiografia (review sem spoilers)

Capa da biografiaBruce Dickinson, pra quem não é do mundo do Rock/Heavy Metal, é o vocalista da banda Iron Maiden. Mas mais do que isso, é um exemplo de empreendedor multitarefa bem-sucedido. Seu talento como cantor é inquestionável, mas se já não bastasse isso, ele também é um esgrimista profissional, escritor, roteirista, historiador, dono de empresas ligadas a aviação, piloto de vôos comerciais (estamos falando de Boings 747) e, mais recentemente, um palestrante cada vez mais requisitado em eventos das mais variadas áreas (informática, empreendedorismo, etc).

A autobiografia de Bruce, lá fora chamada “What this button do?” (“O que faz esse botão?”) era muito aguardada pelos fãs de todo o mundo, e já se encontra disponível em português, seja em formato impresso ou eBook. Interiormente, existia apenas uma biografia extra-oficial, que focada mais na história das bandas pela qual Bruce já passou do que realmente em informações “privilegiadas” da vida dele.

Ed Force OneNo livro, Bruce aborda períodos de toda sua vida, desde a infância até a luta recente contra um câncer na garganta, do qual felizmente conseguiu se livrar sem deixar sequelas na voz, não antes de travar uma árdua batalha narrada com detalhes no último capítulo da obra. Diferente de algumas autobiografias de outros artistas, Bruce preferiu não falar de temas particulares, como casamentos, separações, intrigas, etc. focando naquilo que é realmente interessante, ou seja, se você espera algo do tipo “Revista Contigo”, vai cair do cavalo! O conteúdo tem muita coisa interessante, passando pela decisão de se afastar do Maiden, de se tornar um piloto (primeiro de aviões pequenos, depois jumbos), de se aventurar com sua banda solo em Sarajevo (quando o país ainda estava em guerra), e assim por diante.

Enfim, seja você um fã do Maiden ou apenas alguém que gosta de ler sobre as experiências de vida de outras pessoas, esse é um livro que não irá decepcionar.

Clique aqui para comprar o livro na Amazon.com.br

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Iron Maiden eBooks (grátis)

O Maiden Croatia disponibilizou todos os livros sobre o Iron Maiden, já publicados por eles, em formato de eBook, gratuitamente!

São vários livros que tratam de assuntos diretamente relacionados a banda, algum de seus integrantes, ou a um album específico!

Os livros estão em inglês. Caso prefira, poderá comprar as versões impressas dos livros a partir do mesmo link. As imagens das capas também estão disponíveis para download gratuito.

Para baixar os livros, entre em www.maidencroatia.com/ebooks/

Observe que na página também há um link de doação para o Teenage Cancer Trust, entidade que ajuda jovens que estão com câncer. Caso tenha possibilidades, faça uma doação de qualquer valor.

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Blaze Bayley em Piracicaba

Blaze 2Não é segredo que Iron Maiden para mim é com Bruce Dickinson! A escolha do Blaze pra substituí-lo nunca me pareceu correta. Não pela postura, mas sim pelo tipo de voz.

De qualquer forma, ao saber que Blaze faria um show aqui na minha cidade (que geralmente não tem nada que preste), ainda meio que desconfiado, resolvi ir. Felizmente, foi uma decisão mais do que acertada! Continuo achando que Blaze não era a pessoa certa para o Iron, mas tenho que admitir que o show foi excelente, as músicas, tanto da era “Iron” como da fase “solo” foram executadas com bastante exatidão e com um entusiasmo de dar gosto, o que refletiu imediatamente no feedback do público, que cantava tudo e agitava tanto quanto Blaze e a banda que o acompanhava!

No fim, só tenho elogios para essa figura, que depois de sair do Iron, já passou por momentos bastante difíceis, com problemas familiares, financeiros, etc. mas que teve a coragem de continuar fazendo o que gosta! Poucas pessoas tem estrutura emocional e humildade para encarar tocar em bares, pubs e locais pequenos, depois de já ter tocado em shows com mais de 50.000 pessoas na platéia! Isso abala qualquer um, mas Blaze mostra que quando se faz o que gosta e não se tem “frescura”, você consegue passar por cima de tudo e curtir a vida! Sorte nossa, que podemos agora ter um contato muito mais próximo com ele! Isso é uma coisa muito difícil de acontecer quando se está em uma banda do tamanho do Maiden, onde a proximidade com o público, por razões óbvias, é muito menor do que quando se toca em locais menores.Blaze

Blaze se mostrou um cara super empolgado,  humilde, profissional e feliz por estar ali! Falou bastante com o público, tendo o cuidado de falar devagar para que ficasse mais fácil do pessoal entender, e muitas vezes arriscou palavras e frases em português (com um sotaque terrível, eheheh). Por tudo isso, ele mereceu meu respeito e admiração. Ganhou mais um fã! Torço para que ele consiga tudo que deseja, e continue nos brindando com ótimos shows!

Parabéns também para os músicos que estão acompanhando Blaze nessa turnê pelo Brasil!

Nota: Blaze comentou que esse show foi marcado de última hora. Parabéns ao Joe Collins por trazê-lo para Piracicaba. Só acho que precisava de um pouco mais de divulgação, visto que nem o site do bar noticiava o show.

Para mais fotos: Blaze Bayley em Piracicaba

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Motocando e curtindo um som!

Bluetooth no capacete

Bluetooth no capacete

A dica vai para os motociclistas que além de curtir uma boa estrada, também curtem um bom rock’n’roll!

Comprei alto-falantes para colocar no capacete, ligando via cabo no celular e, portanto, curtir uma boa música enquanto dirijo. No entanto, a lei de Murphy está sempre presente, e diversas vezes o fio acaba se prendendo em algum lugar e nas “puxadas” que leva, acaba se quebrando.

Solução? Óbvio! Eliminar os fios usando o Bluetooh, ué?!

Existem diversos kits de “comunicadores” bluetooth para serem acoplados nos capacetes, no entanto:

  1. Os bons custam bem caro (Scala Rider, etc)
  2. Pra quem só quer ouvir música (e não falar), um intercomunicador é desperdício de dinheiro.

Sendo assim, comecei a procurar e encontrei um receptor bluetooth, pequeno o suficiente para ser “grudado” ao capacete sem ficar muito “paloso”.

Cortei o fio dos fones, deixando apenas o tamanho suficiente pra conectar no receptor bluetooth. Usei uma fita dupla-face e um velcro pra fixar o receptor no capacete, de forma que me permita remover facilmente, seja pra proteger “dos ladrões” ou da chuva.

No final, gastando menos de USD 15, agora posso rodar tranquilamente curtindo uma boa música!

Dicas:

  • Verifique se o seu capacete tem preparação para alto-falantes, pois se não tiver, mesmo os falantes sendo bem finos, pode acabar machucando sua orelha por ficar muito apertado.
  • Procure colocar o receptor na parte de trás do capacete, pra evitar “turbulência”.
  • Comprei tudo pelo eBay, mas como estamos no terceiro mundo, além da demora pra chegar, lembre-se que ainda corre o risco de ser tributado pela alfândega (os meus não foram).
  • Mais do que óbvio: seu celular (ou seja lá que dispositivo vc pretende usar como “tocador de música”) tem que ter suporte a Bluetooth.
  • Os fios do alto-falante são bem finos, então é bem chato de fazer as emendas.

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