SRV: Day by Day, Night After Night – His Final Years, 1983-1990 [review]

srv-livroImperdível, para qualquer fã de Stevie Ray Vaughan!

Stevie foi um grande guitarrista, talvez o melhor, que já passou pelo mundo do Blues!

A vida é cheia de fatos curiosos e inexplicáveis: nunca tinha ouvido falar de Stevie até que vi a notícia sobre sua morte na TV. Lembro até hoje da notícia dada no Jornal Nacional que, por algum motivo que desconheço, ficou marcada na minha memória. Tempos depois, tive meu primeiro contato com a música de Stevie, e a partir de então, me tornei um fã e admirador do seu trabalho.

Ouvir e ver Stevie tocar é a confirmação de que existem pessoas que simplesmente nascem com o dom da música em suas almas, e ele com certeza era uma delas. A guitarra tornou-se uma extensão do seu próprio corpo. Enquanto tocava, eram uma coisa só. Sua paixão pela música e pelo instrumento era expelida em cada nota que saía de sua guitarra!

O livro é escrito de forma curiosa, mas que funcionou muito bem: seguindo uma sequência cronológica, ele lista praticamente tudo que já se falou, publicou ou se exibiu sobre Stevie, datas de apresentações, set lists, etc,  intercalando essas informações com depoimentos da época, dados por amigos, companheiros de banda, músicos e familiares e muitas, mas muitas fotos!

Cobre também a fase onde Stevie quase morreu devido ao abuso de álcool e drogas, e como conseguiu superar tudo isso e ficar limpo até o final da vida.

As páginas que tratam do acidente que matou Stevie, com detalhes e depoimentos de pessoas que estavam com ele minutos antes do ocorrido, são de pura emoção! Pode-se sentir a aflição, a tristeza e o choque da notícia em cada uma das narrativas.

Stevie era um artista que chegou no topo, mas que não deixou o sucesso subir a cabeça. Ficava puto quando colocavam seus ídolos pra abrir seus shows, demonstrando o respeito e a admiração que tinha por aqueles que o influenciaram.

Até hoje, ninguém conseguiu chegar perto do seu talento. Eric Clapton disse que se sentiu “envergonhado” diversas vezes por sua habilidade “limitada”, após assistir Stevie se apresentando.

O livro é nota 10 e deveria fazer parte da estante de todo fã! Infelizmente, ainda não há uma versão em português. Se você lê inglês, pode comprá-lo direto na Amazon. Se não lê mas é fã, vale a pena somente pelas fotos que contém! A qualidade é excelente como pouco se vê nos livros de hoje em dia: capa dura, totalmente colorido, impresso em papel couche.

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Review: Bring Metal to the Children

Quem é fã de Heavy Metal, ou apenas gosta de uma guitarra bem tocada, dificilmente não conhece Zakk Wylde, um grande guitarrista, ex-bebum, com um senso de humor bem particular.

Zakk ficou famoso ao entrar para a banda de Ozzy Osbourne, substituindo Jake E. Lee. Discípulo de outro ex-guitarrista de Ozzy – Rhandy Rhoads, Zakk conseguiu algo cada vez mais difícil no mundo musical: dar uma identidade própria ao som que produz. Reconhecer Zakk é muito fácil, seja pelo visual e atitude que é uma mistura de biker + viking + astro-do-rock, ou pela famosa guitarra Les Paul Bull’s Eye, ou pelos “falso harmônicos” que ele usa como ninguém em suas músicas! Atualmente Zakk tem sua própria banda, Black Label Society.

Recentemente, adquiri a versão eletrônica (Kindle) do livro Bring Metal to the Children, escrito por Zakk (com a participação de amigos) e que rende algumas horas de diversão e boas risadas, especialmente ao ler as situações inusitadas que ele narra sobre episódios hilários que aconteceram durante sua carreira e infinitas turnês que já participou!

O livro tem a pretensão de ser um “guia de sobrevivência” para quem pretende se tornar um astro do rock. Zakk usa sua experiência no assunto para dar dicas de como sobreviver às inúmeras situações que a vida de um rock star impõe, incluindo aí as “zoeiras” que os membros da banda sempre fazem um com o outro. Algumas histórias são realmente engraçadas, como por exemplo, quando ele e outros músicos da banda de Ozzy esconderam m*rda pelo quarto onde o madman estava hospedado, e que só foi descobrir dias depois de onde vinha aquele cheiro estranho 😀 Obviamente a brincadeira não ficou impune 😉

O livro, até o momento, só está disponível em inglês, nas versões impressa e digital (que pode ser lida na maioria dos tablets e smartphones, bastando instalar a aplicação do Kindle).

Recomendo a leitura para todos que gostam de Metal e querem dar algumas risadas, lembrando que a maior parte do livro não deve ser levada a sério (se é que alguém pode não perceber isso, eheheh).

PS: Você pode comprar o livro direto da Amazon com os links acima, lembrando que importação de livros no Brasil é livre de imposto. A versão eletrônica tem a vantagem de não pagar frete e você baixar imediatamente.

 

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Paul Dianno em Piracicaba

Depois de ler diversos reviews das recentes apresentações do Paul Dianno pelo interior Paulista, confesso que fiquei em dúvida se valeria a pena adentrar a madrugada chuvosa, no meio da semana, para assistir seu show. Mas como era uma oportunidade única de vê-lo na minha cidade (que não tem tradição de trazer artistas internacionais de Metal), resolvi arriscar. Já tinha visto um show dele há uns 4 anos em Campinas, mas nunca é demais rever o que se gosta.

O show aconteceu no Bar Captain Jack. Toquei com minha banda há muitos anos atrás nesse bar, que foi reformado recentemente. A casa não é grande, mas estava na medida certa para a quantidade de gente que compareceu. Dava pra se locomover tranquilamente, nada de empurra-empurra, bem diferente do show de Campinas, no falecido “Hammer”, uma muvuca, aperto total, paredes “suando”, etc. Aparentemente muita gente que tinha comprado ingressos antecipadamente acabou não indo, possivelmente por causa da chuva.

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Paul chegou acompanhado da banda de apoio (Scelerata) lá pelas 23h. Careca, gordo e de begala (podreira total!!). O cara realmente tá só o pó 😀 Fiquei até surpreso dele ter conseguido subir uma baita escada (ainda que apoiado em um roadie) que dava acesso ao camarote onde ele ficou fumando seu cigarro (o normal, não o do capeta) enquanto a banda de abertura tocava.

Paul Dianno

Quando Paul subiu no palco (bem pequeno, por sinal), por volta de 01am, era visível sua satisfação por estar ali. Alias, nunca tinha visto ele com tão bom humor 🙂 O público também estava bem animado, e respondia com entusiasmo a cada música apresentada. Paul falou muito com a platéia no intervalo entre as músicas. Pena que mesmo depois de tantas vindas ao Brasil (inclusive já morou aqui, e tem filhos brasileiros) ainda não consiga falar português, salvo algumas palavras mais “essenciais”, tipo filho da p*. timão, etc. eheheh. Ou seja, nem todo mundo entendia o que ele falava. Algumas vezes a banda traduzia para o público.

O set list foi mais ou menos o mesmo que está sendo apresentado nessa atual turnê (entitulada Running Free Again), fechando com o cover de Blitzkrieg Bop, do Ramones. Ouvir clássicos como Phantom of the Opera, Charlotte the Harlot, etc. ao vivo, na voz de Paul, é uma experiência que todo fã deveria presenciar. Obviamente, a voz não é mais a mesma, mas ainda dá pro gasto. Também, o cara não faz a menor questão de se manter saudável 🙂 Eis aí uma grande diferença entre ele e o Bruce Dickinson. Tenho pra mim que o Iron não chegaria onde está se Paul tivesse continuado na banda.

Paul arriscou até mesmo um gutural, e não poupou a garganta com alguns agudos característicos da sua fase no Maiden.

Paul Dianno (Cap. Jack)

Vale uma nota sobre a banda Scelerata, que já há alguns anos acompanha Paul nas turnês brasileiras: os músicos são extremamente competentes, e aparentam realmente se divertir com o que fazem!

Sobre Paul, apesar de toda a sua “podreira” atual, tenho que elogiar a sua atitude! O cara tem muito carisma, toca em qualquer lugar, tá sempre na estrada, não tem frescura, tira fotos com quem quiser, etc.

Enfim, um ótimo show! Mais fotos aqui.

Paul "slim"

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Opinião: 30 anos da Besta

Confesso que esperava mais dessa biografia não autorizada do Iron Maiden, escrita por Paul Stenning.

O livro é uma coleção de depoimentos e entrevistas, de pessoas que já fizeram parte da banda, ou que já trabalharam com ela e, apesar de ter algumas informações interessantes, parece ter sido escrito por uma pessoa que não tem vocação para escrever, e que talvez tenha abusado muito do “copy e paste”.

Muitas vezes, estava lendo um parágrafo e tive que “voltar” atrás pra lembrar que pessoa (entrevistada) estava falando aquilo. O livro também não tem nem sequer uma fotografia, e em se tratando de uma biografia, espera-se ver algumas fotos “históricas” ou de momentos especiais.

Fica a dúvida se o problema é realmente a falta de habilidade do autor, ou se a culpa é do tradutor, visto que, mesmo sem ter acesso ao original em inglês, pude notar alguns erros grosseiros de tradução.

Enfim, para um fã da banda, pode valer a pena, mas não espere muito.

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Iron Maiden – The final frontier

Acaba de ser lançado “The Final Frontier”, novo album do Iron Maiden, minha banda “do coração”.

O Maiden nunca teve medo de mudar, e este novo álbum é a mais recente prova disso: muito mais progressivo, com músicas mais longas, por mais que alguns tentem encontrar similaridades das novas músicas com qualquer clássico antigo da banda, essa é uma tarefa quase que impossível, visto que resolveram experimentar em quase tudo, portanto, fazer comparações com o passado fica realmente difícil, salvo em alguns trechos de algumas músicas, que trazem similaridade melódica  com algumas músicas dos álbuns anteriores.

As diferenças começam já pela capa, que traz um “Eddie” que simplesmente não se parece em nada com o Eddie clássico, da época de Derek Riggs. Definitivamente, achei este “novo” Eddie de muito mau gosto. IMHO, estragaram a capa do album, e todo e qualquer outro material onde esse “alien” esteja presente.

Mas minha crítica negativa acaba aí. O album, em si, é ótimo! As melodias das músicas estão muito boas, as introduções “lentas/dedilhadas” que estavam cada vez mais presentes nos últimos lançamentos foram deixadas de lado, e Bruce Dickinson, pra variar, está cantando muito! Se não fosse pela voz, pelos timbres de guitarra e as linhas de baixo, que são puro Maiden, seria difícil identificar este como uma album da banda.

Me lembro até hoje, quando lançaram Seventh Son of a Seventh Son, achei meio estranho (houve uma época em que teclados no Metal era um sacrilégio, ehehe), no entanto, hoje considero um dos melhores albuns da banda. Acredito que Final Frontier, apesar de todas as experimentações e inovações, será aceito imediatamente pela maioria dos fãs, salvo aqueles que vivem do passado e esperam que a banda crie cópias de Piece of Mind, Powerslave, etc.

No Brasil, o álbum pode ser encontrado em duas versões: Mission Edition, com embalagem especial e conteúdo extra exlusivo, e a versão Standard. Uma pena que a versão em LP Picture Disc não será lançada no mercado nacional. Apesar de não ter mais toca-discos, eu gosto de comprar os pictures discs do Maiden, pois são extremamente bonitos!

Enfim, altamente recomendável!

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