Recentemente quebrei o recorde de substituição de sensores do Libre com problemas! Nas últimas duas semanas, foram 3 sensores para o lixo. Um deles simplesmente não funcionou depois de colocado, o outro soltou sem razão aparente, e o terceiro começou a apresentar divergências absurdas nas leituras, após o 5º dia de uso. Interessante que tudo isso aconteceu depois de ter ficado 14 dias com um sensor que funcionou extremamente bem, inclusive na precisão das leituras. Ou seja, foi como ir do céu para o inferno <g>.
A Abbott tem trocado os sensores sem custo adicional, mas essa “montanha russa” sempre deixa uma apreensão, gerando um estresse desnecessário. A troca também demora alguns dias para acontecer, portanto, sou obrigado a manter pelo menos um sensor “em estoque”, no caso de algum ter que ser substituído antes da hora.
Continuo achando que o FreeStyle Libre vale a pena! Não me imagino hoje vivendo sem ele, mas com certeza a tecnologia empregada tem que evoluir, para acabar com as grandes diferenças nas leituras e todos esses outros problemas. Imagino também que com um menor número de substituições, o preço do produto ficaria mais acessível (menos trocas = menos dinheiro perdido).
E vamos para mais uma história que não contribui em nada para a imagem da Abbott no Brasil: Estou com um sensor do FreeStyle Libre no braço há 10 dias, que desde ontem começou a apresentar diferenças muito grandes em relação ao exame de “ponta do dedo”, conforme fotos abaixo.
Liguei para o 0800 da Abbott para relatar o ocorrido. Observe que em uma das fotos, enquanto o Libre mostrava uma glicemia de 68 (HIPOglicemia), o exame de ponta do dedo mostrava 140 (HIPERglicemia). Ou seja, enquanto segundo o Libre eu teria que ingerir carboidratos para subir minha glicose, o outro mostrava o inverso: que eu precisava tomar insulina para baixá-la.
A atendente da Abbott, após realizar os “testes de qualidade” baseado nos valores das medições que eu passei, disse que a diferença é considerada aceitável pelo laboratório! COMO ASSIM?! Como pode ser aceitável uma diferença de mais de 70mg/dl entre os medidores, um dizendo hipoglicemia e outro dizendo hiperglicemia?
Me recusei a aceitar que uma diferença dessas fosse normal, até mesmo por experiência com os sensores anteriores. Insisti com a atendente, sem sucesso, então pedi para falar com um superior, que apenas seguiu o protocolo dizendo as mesmas frases que a atendente anterior já havia dito: que os valores informados estavam dentro do aceitável e blábláblá. Deixei claro que era um absurdo dizer que uma diferença dessas era normal, e que eu teria que jogar fora o sensor e colocar um novo, 4 dias antes de expirar, ou seja, estou jogando fora 30% do que gastei com ele (o que dá aprox. R$ 70 de prejuízo).
Qualquer diabético com o mínimo de conhecimento, ou qualquer médico, acharia absurdo a afirmação de que tal diferença é aceitável. É óbvio que o sensor perdeu a precisão! Também é óbvio que a atitude da Abbott não colabora nem um pouco para a imagem dela no mercado, muito menos para a confiança no produto.
Em grupos sobre Diabetes no Facebook, é muito comum encontrar outras pessoas que passaram pela mesma situação. Algumas até mesmo já desistiram de usar o Libre, por não confiarem mais nos valores, mas principalmente pelo descaso do atendimento com o cliente.
Precisamos urgentemente de competição! Quem sabe assim a Abbott muda sua postura e passa a tratar o cliente com mais respeito. Esse já deve ser o quinto sensor que dá defeito… até então, a Abbott vinha trocando os sensores sem custo, o que é o mínimo esperado. Mas dessa vez, foram irredutíveis, e tive que arcar com o prejuízo. Se isso virar rotina, o jeito será abandonar o produto, pois dinheiro não é capim.
Vale lembrar que não é apenas a questão financeira e a confiança que está em questão. Como se isso não bastasse, temos que perder tempo ligando para o atendimento do laboratório, e as vezes ouvir esses absurdos. Ou seja, gera um stress que não deveríamos ter que passar, até porque stress também colabora para um descontrole da glicose.
Estou indo pro meu 12º sensor do FreeStyle Libre! Considerando que cada um dura 14 dias, já seriam cerca de 6 meses usando o Libre, no entanto, não foi bem assim!
Quatro sensores deram problemas, e tiveram que ser substituídos antes dos 14 dias. Felizmente, a Abbott tem trocado os sensores sem custo, no entanto, acabo tendo que manter sempre um sensor de “backup” para evitar ficar sem quando dá problema em algum, visto que o processo de “substituição” demora alguns dias.
No entanto, algumas coisas começam a me preocupar:
Quatro sensores, entre onze, deram problema, ou seja, cerca de 35% – um número considerável! Os problemas variam entre medições (muito) incorretas até falha total do sensor (impossibilidade de fazer a leitura).
Um número tão alto com certeza não sai de graça, ou seja, o custo dessas substituições já deve estar incluso no preço de cada sensor, tornando eles mais caros do que poderiam custar.
Hoje tive que insistir muito com a atendente da Abbott, para conseguir que trocassem o sensor, que estava apresentando medições muito mais baixas do que o “real”. Comparei a medição do sensor com dois medidores diferentes (Accucheck e OneTouch), e a diferença foi de mais de 60 mg/dl, para menos. Por exemplo, na foto abaixo, enquanto o Accucheck mostrava 106, o Libre indicava “LO” (que significa um valor menor que 40!). Durante a madrugada, ao tentar fazer a leitura, por três vezes o aparelho dava mensagem de que não tinha sido possível fazer a leitura, e que eu deveria aguardar mais 10 minutos e tentar novamente (demorou mais de 40 minutos para voltar a ler, e mesmo assim, os valores estavam errados). A atendente insistiu que essa diferença é considerada aceitável, o que é um absurdo! Minha própria experiencia com os sensores anteriores serve como base de que essa diferença estava anormal. Geralmente, há sim diferença, mas não tão grande. Uma diferença alta no valor das leituras pode fazer com que se faça uma correção errada, seja ingerindo açúcar desnecessariamente (gerando hiperglicemia), ou então tomando uma dose corretiva de insulina, e correndo o risco de ter uma hipoglicemia.
Enfim, talvez seja por isso que o FDA ainda não aprovou o Libre nos EUA. É necessário ter um bom conhecimento da doença para identificar as falhas quando elas ocorrerem, e evitar de fazer uma besteira. Fica claro, mais uma vez, que ainda dependemos dos testes tradicionais para “tirar a prova” em leituras “estranhas”.
Any self-respecting biker ever heard of Serra do Serra do Rio do Rastro, in Santa Catarina, with 284 curves, some reaching up to 180 degrees. I was planning this trip from a long time, and finally the “conjunction of the stars” allowed me and three friends (Bramac, Hertz and Rubão) to sync our schedules and left to SRR in Sep, 22 2016!
Dia 1
First day (off-road emotion)
The idea was to make the entire trip in 4 days, leaving Piracicaba (friends leaving from Paulínia and Campinas), meeting the guys in Tatuí, and stopping at Curitiba to overnight. The path was chosen to go by the Serpent’s Trail
Stop-Follow
End of the trail (Hertz, me, Bramac and Rubão)
We were in four motorcycles, two Harleys, a BMW GS1200 and a Triumph Tiger 800. Needless to say, the Harleys were those that suffered most in this circuit. Honestly, I do not advise anyone to do the serpent’s trail while the works are not completed. In addition to more dangerous and stressful, the travel ends up taking much more time than anticipated. We left home at 7:30 and arrived in Curitiba at 6:00 pm!
Riders Pub
We stayed at the Che Lagarto Hostel. We had dinner at the mall that was next to the hostel and went to a motorcycle-themed bar, to drink a craft beer (a walking circuit, since the locations are near to each other). We scheduled with a local friend to go to a rock’n’roll bar (with live music) when we return from SRR.
Day 2 (part 1)
Second day (bucolic path)
Pomerode
We had coffee at 7:00 am, and left to Urubici, where we would stay overnight. The initial planning was to arrive in time to do the Serra do Rio do Rastro also at the night. The chosen path was a hint from Elisabete Bach, described by her as a more “bucolic” circuit compared to just taking the BR 101 highway, and really worth it! Roads and beautiful mountains, with good asphalt and little traffic. We stopped in Jaraguá do Sul for gas and to eat something, and moved to Blumenau, stopping to visit the German Village (where the Oktoberfest happens) and to lunch. Following the way through the European Valley, with a stop in Pomerode, to take a look at the newly opened brewery factory “Schornstein”.
Day 2 (part 2)
German Village
From Pomerode, we left for the final destination of the day, Urubici, passing by Camboriú, Florianópolis, São José, and going up trough the Santa Catarina’s range. The traffic to San Jose was really heavy! Unfortunately, night has fallen and we ended up passing by the mountains without sunlight, so we couldn’t enjoy the view… what a shame!
Pousada Pica-Pau
We arrived in Urubici around 9:00 pm, and meet Wesclei, the owner of Woodpecker’s Inn. A hint for those who want an excellent lodging option in Urubici, with an impeccable service! We eat pine nuts toasted in the wood stove, while waiting for just ordered pizzas. One of Harleys engines was dying when it slows down. After consulting our “technical support” Alex (Bros Bikers), which gave us some guidelines on what to do, we went to take a shower and to sleep.
Day 3 (part 1)
Day 3 (the range and the cripple)
We had coffee the 8:00 am, fueled up with gas, and left to the Church’s Hill. This is an obligatory stop for any traveler around. The view is simply magnificent! The clouds were low, and we had the impression of being “in the sky”, looking at the clouds from above.
Church’s Hill
Leaving the Churchs’s Hill, we ride to the Mirante da Serra do Rio do Rastro (passing by Urubici again). The path is very nice, mostly with good asphalt and beautiful views, with lots of green and full of pines. Entering the SC-390, the asphalt became much worse, but nowhere near the “badness” of the Serpent’s Trail.
Day 3 (part 2)
Arriving at the belvedere, the amazing view above the clouds impressed and disappointed at the same time, since it hid the famous curves and avoided us from enjoying the hilly landscape as we drove down the mountain.
We had a visit from some Coatis, which are walking free and peacefully in the place, looking for easy food.
SRR’s belvedere
Going down the mountain, we crossed the clouds that we had spotted from the belvedere. The humidity was high enough to wet the helmets. In the end, looking back to the point from which we came, there was nothing but heavy clouds.
Coati
Westopped for gas and left to Curitiba. Surprise! Waze’s estimated more than 6 hours to arrive. And it was already 4:00 pm! We left to Curitiba, by the BR 101, with sawmill and rain, arriving at the Slaviero Hotel around 11:00 pm, cold and wet (when it started to rain, there were no gas stations or overpasses nearby, where we could stop to wear the raincoats)! But nothing is so bad that it can’t get any worse. Rubão took a “keel over” when leaving the bike and upon arriving at the front desk, we were told that reservations (made by booking.com) had not been registered by an employee of the hotel. In the end, after some hassles, we could enter the rooms. Needless to say, nobody was in physical condition to make the so planned visit to a rock’n’roll bar.
Bramac found out that he had lost the key of his Givi’s top case, containing all his clothes! The spare key was left in his home. The insurance does not want to send a locksmith, because the problem was in the top case, not with the bike itself. He called a 24/7 locksmith, who wasn’t able to open the lock! In the end, he had to dry his clothes and keep using them. I’m glad we were on the penultimate day.
In total, we drove almost 700 km that day! WTF!
Day 4
Day four (the return)
Wake up the 7:00 am, we had coffee, and left to home. Fortunately, the return’s path wasn’t by the Serpent’s Trail, but rather by the BR-116 (Regis Bittencourt). About 20 miles out of Curitiba, we stopped at the famous Graciosa’s Road. Unfortunately, the weather was bad, with lots of mill, but that did not stop us to get down the mountain, which has much of its path made of cobblestones. The road is beautiful and picturesque, with lots of green and the Atlantic forest bordering the track continuously. There are several viewpoints where you can stop to admire the nature and eat/drink something.
Graciosa’s portal
We return to the Regis’ highway and continue the way back. Upon arriving near to Cachimbo’s range, the highway had many works and hundreds of trucks. Near the Mário Cova’s road ring, there was an accident that just didn’t stop us completely because the bikes are narrow enough to pass between cars!
I got home the 8:00 pm, with the feeling of challenge fulfilled and the impression that it was not the last time that I visit that region.
Considerations and tips:
Avoid (really!) to go by the Serpent’s trail while the works are not finished, unless you are ready to face an “off-road” environment.
Don’t be fooled by the time it takes to make the trip legs! The average speed for the trip was 73 km/h, that is, you’re going to take a lot longer than if you had used a good highway.
The weather in the Serra do Rio do Rastro is unpredictable. It is good in one day and bad the next. If you have a flexible schedule, try to stay on the outskirts of the Sierra for more than a day, so if the weather is bad, there is still a chance to get it clean the next day. Checking the live cameras may help.
It’s absurd to charge tolls for motorcycles! The structure of the existing toll plazas was not made for that, and didn’t suffer any adjustment to facilitate the life of the biker. On the contrary! We are obliged to use the same cars and trucks cabins, which often has the pavement full of oil.
Do not entire rely on Waze, because, of course, at some point it will be offline for the lack of cellular network. Take a GPS offline application, as Here Maps, or even Google Maps, remembering to download the maps before.
Inns may be better than hotels, see the experience with the Woodpecker.
Despite having bikes for many, many years, this was the first truly long trip I did on two wheels. Even with all the obstacles, bad back, arm, cold, rain, etc., the feeling of freedom provided by the two wheels is unsurpassed.
MacGyver’s spirit
It’s in the difficult times that you became really creative, LOL. We took a heavy rain arriving in Curitiba, which wet the clothes and obviously the sneakers. So, what to do?
Bramac tried to use the microwave method, but it didn’t work (I told him it wasn’t going to happen, LOL). After that, he was more creative and used the lamps heat:
Secando o Tênis no abajur
Secando o Tênis no abajur
I filled the shoes with toilet paper, which pulled most of moisture during the night. Then I wrapped the hair dryer’s power cable around its power button, so it stay pressed, and left it blowing air for about 10 minutes, and it worked perfectly!
Qualquer motociclista que se preze já ouviu falar da Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, com 284 curvas, algumas chegando a 180º. Há tempos estava planejando essa viagem, e finalmente a “conjunção dos astros” permitiu que eu e mais três amigos (Bramac, Hertz e Rubão) sincronizássemos as agendas e partíssemos para lá, no dia 22/Setembro/2016!
Dia 1
Primeiro dia (emoção off-road)
A ideia era fazer a viagem completa em 4 dias, saindo de Piracicaba (eles de Paulínia e Campinas, nos encontrando em Tatuí), sendo a primeira parada para pernoite em Curitiba. O caminho escolhido foi pelo Rastro da Serpente, que liga Capão Bonito à Apiaí. Essa foi a primeira surpresa da viagem. Asfalto e rodovias excelentes até Capão Bonito, mas bastou entrar no Rastro da Serpente para o trajeto passar de uma viagem “estradeira” para um circuito off-road! A estrada está cheia de obras, com diversos pontos onde não se sabe mais o que é asfalto e o que é terra. Pra piorar, diversos pontos estão com meia-pista, o famoso esquema “pare-siga”, obrigando você a esperar sua vez, perdendo um precioso tempo de viagem.
Pare-Siga
Final do Rastro (Hertz, eu, Bramac e Rubão)
Estávamos em quatro motos, sendo duas Harleys, uma BMW GS1200 e uma Triumph Tiger 800. Não preciso dizer que as Harleys foram as que mais sofreram nesse trajeto. Honestamente, eu não aconselho fazer o Rastro da Serpente enquanto as obras não forem finalizadas! Além de mais perigoso e estressante, o trajeto acaba levando muito mais tempo do que o previsto! Saímos as 7h30 e chegamos em Curitiba as 18h!
Riders Pub
Nos hospedamos no Che Lagarto Hostel. Jantamos no shopping que ficava ao lado do CLH e depois passamos em um bar temático de motocicletas, para tomar uma cerveja artesanal (circuito feito a pé, pois os locais são próximos). Programamos com um amigo local de, na volta, ir em algum bar de rock com som ao vivo.
Dia 2 (parte 1)
Segundo dia (trajeto bucólico)
Pomerode
Tomamos café as 7am, e partimos para Urubici, onde iríamos pernoitar. O planejamento inicial seria chegar a tempo de fazer a Serra do Rio do Rastro também a noite. O caminho escolhido foi dica da Elisabete Bach, descrito por ela mesmo como um roteiro mais “bucólico” do que simplesmente pegar a BR 101, e realmente não deixou a desejar! Passamos por estradas e serras muito bonitas, com bom asfalto e pouco movimento! Paramos em Jaraguá do Sul para abastecer e comer alguma coisa, seguindo para Blumenau, parando para conhecer a Vila Germânica (onde é realizado o Oktoberfest) e aproveitando para almoçar. Seguindo o caminho, passamos pelo Vale Europeu, com parada em Pomerode, para dar uma olhada na fábrica recém inaugurada da cervejaria Schornstein.
Dia 2 (parte 2)
Vila Germânica
De Pomerode, partimos para o destino final do dia, Urubici, passando por Camboriú, Florianópolis, São José, e subindo a Serra Catarinense. O trânsito estava bem pesado até São José! Infelizmente, a noite caiu e acabamos subindo a serra já sem luz do sol, portanto, não pudemos apreciar a paisagem… uma pena!
Pousada Pica-Pau
Chegamos em Urubici as 21h, e fomos recepcionados pelo Wesclei, dono da Pousada Pica-Pau. Fica a dica para quem quiser uma excelente opção de hospedagem em Urubici, com um atendimento impecável! Comemos pinhão torrado na hora no fogão a lenha, enquanto aguardávamos as pizzas recém-encomendadas. Uma das Harleys estava morrendo ao desacelerar. Depois de consultar nosso “suporte técnico” Alex (Bros Bikers), que nos deu algumas orientações sobre o que fazer, fomos dormir.
Dia 3 (parte 1)
Terceiro dia (a serra e o coxo)
Tomamos café as 8am, abastecemos, e partimos para o Morro da Igreja. Essa é uma parada obrigatória para qualquer viajante que está na região! A vista é simplesmente magnífica! As nuvens estavam baixas, e tínhamos a impressão de estar “no céu”, olhando as nuvens por cima.
Morro da Igreja
Saindo do Morro da Igreja, partimos para o Mirante da Serra do Rio do Rastro (passando novamente por Urubici). O trajeto é muito bonito, a maior parte com asfalto bom e vistas lindas, com muito verde e cheias de araucárias. Entrando na SC-390, o asfalto piorou absurdamente, mas nem chegou perto da “ruindade” do Rastro da Serpente.
Dia 3 (parte 2)
Chegando no Mirante, a vista deslumbrante acima das nuvens impressionou ao mesmo tempo que decepcionou, pois escondeu as famosas curvas e nos impediu de apreciar a paisagem montanhosa enquanto descíamos a serra.
No Mirante, tivemos a visita de alguns Quatis, que ficam passeando livres e calmamente pelo local, à procura de comida fácil.
Mirante da SRR
Descemos a serra cruzando as nuvens que havíamos avistado do Mirante. A umidade estava alta, chegando a condensar e molhar o capacete. No final, olhando para trás, para o sentido do qual viemos, não se via nada além de nuvens carregadas.
Quati
Paramos para abastecer e tocar para Curitiba. Surpresa! O Waze estimava mais de 6 horas de viagem! E já era praticamente 16h da tarde! Tocamos para Curitiba, pela BR 101, pegando serração e chuva. Chegamos no Slaviero Hotel por volta das 23h, com frio e ensopados (quando começou a chover, não havia postos nem viadutos próximos onde poderíamos nos abrigar para vestir as capas de chuva)! Mas nada é tão ruim que não pode piorar. Um dos amigos tomou um “capote” ao descer da moto. Ao chegar na recepção do hotel, fomos informados que as reservas (feitas pela booking.com) não tinham sido efetivadas por culpa de uma funcionária do hotel. No fim, após alguns aborrecimentos, conseguimos entrar nos quartos (que sofreram um upgrade). Nem preciso dizer que a programação prevista de ir à algum bar foi por água abaixo.
Bramac descobriu que tinha perdido da chave do baú Givi que estava com todas as mudas de roupa! A chave reserva tinha ficado em Paulínia. O seguro não quis mandar o chaveiro, pois o problema era no baú, e não na moto (uh?! Sacanagem hein?!). Ele então acabou chamando um chaveiro 24hs, que não conseguiu abrir o baú! Ou seja, teve que se virar secando e usando a roupa que já estava usando. Ainda bem que já estávamos no penúltimo dia.
No total, rodamos nesse dia quase 700km! PQP!
Dia 4
Quarto dia (o retorno)
Acordamos as 7am, tomamos café, e partimos de volta pra casa. Felizmente, o trajeto de retorno não seria pelo Rastro da Serpente, mas sim pela BR-116 (Regis Bittencourt). Cerca de 30km saindo de Curitiba, paramos na famosa Estrada da Graciosa. Infelizmente, tempo fechado e muita serração, mas que não impediu de descermos a serra, que tem grande parte do seu trajeto feito de paralelepípedos. A estrada é linda e pitoresca, com muito verde e a mata atlântica margeando a pista continuamente, e diversos mirantes onde você pode parar para contemplar a natureza e comer/beber alguma coisa.
Entrada Serra da Graciosa
Voltamos para a Regis e continuamos o caminho de volta. Ao chegar próximo da Serra do Cachimbo, a rodovia tinha muitas obras, infinitos caminhões e, já próximo do Rodoanel Mário Covas, havia um acidente que só não nos parou completamente porque as motos passam pelos corredores!
O cansaço quer tomar conta, mas a saudade da família faz você continuar. Cheguei em casa as 20h, com o sentimento de desafio cumprido e a impressão de que não foi a última vez que visitarei aquela região!
Considerações e dicas:
Evite (mesmo!) fazer o Rastro da Serpente enquanto as obras não terminarem, a não ser que você esteja a fim de encarar um ambiente “off-road”.
Não se engane com o tempo que leva pra fazer os trajetos! A média de velocidade geral da viagem foi de 70km/h, ou seja, você vai demorar muito mais tempo do que está acostumado usando uma boa rodovia.
O clima na Serra do Rio do Rastro será sempre uma incógnita. Está bom em um dia, e ruim no outro. Se tiver uma agenda flexível, programe-se para ficar nos arredores da Serra por mais de um dia, assim se o tempo estiver ruim, ainda há chance de pegar ele limpo no dia seguinte. Consultar o site do mirante com cameras online pode ajudar.
É um absurdo a cobrança de pedágios para motos! A estrutura das praças de pedágios existente não foi feita para isso, e não sofreu qualquer adaptação para facilitar a vida do motociclista. Pelo contrário! Somos obrigados a usar as mesmas cabines dos carros e caminhões, que frequentemente tem o asfalto cheio de óleo!
Não dependa só do Waze, pois, com certeza, em algum momento ele ficará offline por falta de rede celular. Leve um aplicativo de GPS off-line, como o Here Maps, ou mesmo o Google Maps, lembrando de baixar os mapas antes.
Pousadas podem ser melhores que hotéis, vide a experiência com a Pica-Pau!
Apesar de ter moto há muitos e muitos anos, essa foi a primeira viagem verdadeiramente longa que fiz sobre duas rodas. Mesmo com todos os obstáculos, dores na coluna, braço, frio, chuva, etc, o sentimento de liberdade proporcionado pelas duas rodas é insuperável.
Espírito Macgyver
É na hora do aperto que a criatividade aparece, kkkkk. Pegamos uma chuva brava chegando em Curitiba, que ensopou as roupas e obviamente os tênis. O que fazer?
O método do microondas não deu certo (eu avisei que não ia rolar, kkkk), então Bramac foi mais criativo e usou os abajures:
Secando o Tênis no abajur
Secando o Tênis no abajur
Eu enchi os tênis de papel higiênico, que puxaram boa parte da umidade durante a noite. Depois, enrolei a própria corda do secador de cabelo de forma que o interruptor ficasse pressionado, coloquei no mínimo, e deixei uns 10 minutos baforando em cada tênis, e funcionou 100%!
Secando o Tênis
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