NF-e vs. Horário de verão (a saga continua)

Hoje, alguns dos meus clientes reclamaram que não estavam conseguindo autorizar notas fiscais eletrônicas. Na verdade, não conseguiam nem mesmo consultar o status do webservice. Estranhamente, outros clientes usando o mesmo sistema funcionavam sem problemas.

Depois de muito bater cabeça, checa isso, checa aquilo, pesquisa no google, twitter, foruns, etc… me lembrei que há uns anos atrás, algo semelhante tinha acontecido quando houve a mudança no horário de verão. Sendo assim, perguntei aos dois clientes com problema, se a data e a hora do computador estavam corretas, e ambos responderam que quando ligaram a máquina hoje, o horário estava atrasado em uma hora, e eles haviam alterado manualmente pra avançar uma hora e ficar “certo”.

Em suma, em ambas as máquinas, o Windows estava desatualizado, e achou que o horário de verão Brasileiro acabou no fim de semana! Foi só voltar o relógio manualmente, atrasando em uma hora (ou seja, deixando errado, pois o horário de versão ainda está vigente) que o problema acabou!

A solução correta, no entanto, é atualizar o Windows com o hotfix que a Microsoft lançou em Dezembro, que atualiza as datas de início e fim de horário de versão.

Enfim, tá aí a solução pra quem estiver passando pelo mesmo problema! E lá se foi a manhã toda pra descobrir isso! AFFF!!!

PS: Gostaria de entender porque a mudança do horário afeta aparentemente a assinatura dos documentos, invalidando de alguma forma.

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O assalto

– Alô? Quem tá falando?

– Aqui é o ladrão.

– Desculpe, a telefonista deve ter se enganado, eu não queria falar com o dono do banco. Tem algum funcionário aí?

– Não, os funcionário tá tudo refém.

– Há, eu entendo. Afinal, eles trabalham quatorze horas por dia, ganham um salário ridículo, vivem levando esporro, mas não pedem demissão porque não encontram outro emprego, né? Vida difícil… Mas será que eu não poderia dar uma palavrinha com um deles?

– Impossível. Eles tá tudo amordaçado.

– Foi o que pensei. Gestão moderna, né? Se fizerem qualquer crítica, vão pro olho da rua. Não haverá, então, algum chefe por aí?

– Claro que não mermão. Quanta inguinorânça! O chefe tá na cadeia, que é o lugar mais seguro pra se comandar assalto!

– Bom… Sabe o que é? Eu tenho uma conta…

– Tamo levando tudo, ô bacana. O saldo da tua conta é zero!

– Não, isso eu já sabia. Eu sou professor! O que eu queria mesmo era uma informação sobre juro.

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A formiga sempre se ferra

Recebi o texto abaixo via email… não sei quem é o autor original.

Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz.O diretor marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada.E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.

A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.

Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas

O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.

A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!

O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.

O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial.

A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.

A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima.

Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : Há muita gente nesta empresa!!

E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?

A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.

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Paul Dianno em Piracicaba

Depois de ler diversos reviews das recentes apresentações do Paul Dianno pelo interior Paulista, confesso que fiquei em dúvida se valeria a pena adentrar a madrugada chuvosa, no meio da semana, para assistir seu show. Mas como era uma oportunidade única de vê-lo na minha cidade (que não tem tradição de trazer artistas internacionais de Metal), resolvi arriscar. Já tinha visto um show dele há uns 4 anos em Campinas, mas nunca é demais rever o que se gosta.

O show aconteceu no Bar Captain Jack. Toquei com minha banda há muitos anos atrás nesse bar, que foi reformado recentemente. A casa não é grande, mas estava na medida certa para a quantidade de gente que compareceu. Dava pra se locomover tranquilamente, nada de empurra-empurra, bem diferente do show de Campinas, no falecido “Hammer”, uma muvuca, aperto total, paredes “suando”, etc. Aparentemente muita gente que tinha comprado ingressos antecipadamente acabou não indo, possivelmente por causa da chuva.

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Paul chegou acompanhado da banda de apoio (Scelerata) lá pelas 23h. Careca, gordo e de begala (podreira total!!). O cara realmente tá só o pó 😀 Fiquei até surpreso dele ter conseguido subir uma baita escada (ainda que apoiado em um roadie) que dava acesso ao camarote onde ele ficou fumando seu cigarro (o normal, não o do capeta) enquanto a banda de abertura tocava.

Paul Dianno

Quando Paul subiu no palco (bem pequeno, por sinal), por volta de 01am, era visível sua satisfação por estar ali. Alias, nunca tinha visto ele com tão bom humor 🙂 O público também estava bem animado, e respondia com entusiasmo a cada música apresentada. Paul falou muito com a platéia no intervalo entre as músicas. Pena que mesmo depois de tantas vindas ao Brasil (inclusive já morou aqui, e tem filhos brasileiros) ainda não consiga falar português, salvo algumas palavras mais “essenciais”, tipo filho da p*. timão, etc. eheheh. Ou seja, nem todo mundo entendia o que ele falava. Algumas vezes a banda traduzia para o público.

O set list foi mais ou menos o mesmo que está sendo apresentado nessa atual turnê (entitulada Running Free Again), fechando com o cover de Blitzkrieg Bop, do Ramones. Ouvir clássicos como Phantom of the Opera, Charlotte the Harlot, etc. ao vivo, na voz de Paul, é uma experiência que todo fã deveria presenciar. Obviamente, a voz não é mais a mesma, mas ainda dá pro gasto. Também, o cara não faz a menor questão de se manter saudável 🙂 Eis aí uma grande diferença entre ele e o Bruce Dickinson. Tenho pra mim que o Iron não chegaria onde está se Paul tivesse continuado na banda.

Paul arriscou até mesmo um gutural, e não poupou a garganta com alguns agudos característicos da sua fase no Maiden.

Paul Dianno (Cap. Jack)

Vale uma nota sobre a banda Scelerata, que já há alguns anos acompanha Paul nas turnês brasileiras: os músicos são extremamente competentes, e aparentam realmente se divertir com o que fazem!

Sobre Paul, apesar de toda a sua “podreira” atual, tenho que elogiar a sua atitude! O cara tem muito carisma, toca em qualquer lugar, tá sempre na estrada, não tem frescura, tira fotos com quem quiser, etc.

Enfim, um ótimo show! Mais fotos aqui.

Paul "slim"

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Desenterrando o baú da Apple

PS: Não deixem de conferir as fotos no final do post 😉

Quem acompanha meus posts neste blog já deve saber que sou fã da Apple “dos velhos tempos”. Apesar de hoje em dia, o único produto da maçã que tenho é um velho iPod, no passado, final da década de 80, fui um ardoroso fã da Maçã. Meu primeiro curso de informática foi de AppleSoft Basic, usando uns computadores Dismaq. Alguns anos depois, comprei um Exato Pro (fabricado pela CCE, e cópia “melhorada” do Apple II) e logo depois um TK3000 IIe (fabricado pela MicroDigital, cópia do Apple ][e).

TK 3000 (cópia do Apple IIe)

O TK 3000 era o modelo mais avançado da Apple que se podia encontrar legalmente no Brasil, sendo baseado no processador 65C02 (uma versão melhorada do 6502 original). Para os mais novos, naquela época, existia a Reserva de Mercado. O governo brasileiro, sempre muito “sábio”, achou que deveria proteger o mercado nacional, impedindo que computadores e outros itens de informática fossem importados legalmente. A idéia era incentivar a indústria nacional a se desenvolver (alguém está tendo deja-vu?). Infelizmente, o que aconteceu foi um sucateamento total dos computadores no país. A indústria local não desenvolveu nada de interessante (tecnologicamente falando), e se limitou a vender PCs XTs, etc. que eram fabricados/montados por aqui.

Até o início da década de 90, quem precisasse de um computador melhor do que os PCs sucatas nacionais, recorria ao Paraguai. No entanto, devido a política da Apple de não permitir que outros fabricantes fizessem computadores “baseados” no Mac (só Apple faz Apple), no Paraguai só se encontravam componentes para “IBM-PC”. Não é a toa que a Apple quase quebrou, afinal, os PCs dominaram o mundo (qualquer chinês podia produzir placas, motherboards, processadores, etc para PCs mas não podia produzir Apple). Ironicamente, hoje grande parte dos aparelhos da Apple são produzidos na China.

Meu TK 3000 deve ter sido um dos mais “turbinados” do Brasil. Não havia mais slots de expansão disponíveis, pois já estavam preenchidos com:

  • Placa TKWorks – dobrava a resolução gráfica (mesmo assim era pior que CGA, eheh), expandia a memória para 320K e fornecia 80 colunas em modo texto.
  • Placa clock (sim! precisava de uma placa adicional para o computador não esquecer a data e a hora quando você o desligasse).
  • Placa CPM (para poder rodar dBase, etc)
  • Placa paralela (para poder conectar uma impressora)
  • Mouse (sim! precisava de uma placa para ligar um mouse – alías, mouse para Apple II no Brasil tinha preço de ouro).
  • Modem (para usar o vídeotexto, ahahaha, quem se lembra disso?)
  • Interface para drives (os drives de disquete eram externos)

Só para constar, a configuração padrão de um TK 3000 era 64K de RAM e o processador rodava na velocidade de 1Mhz. Diga-se de passagem, os programadores faziam milagre, pois existiam ótimos softwares!

Mas vamos a real intenção desse post. Há alguns dias atrás, fuçando em algumas antigüidades, encontrei material dos velhos tempos. Livros, revistas, etc. Achei também a resposta da Apple para uma carta que havia enviado à eles (ps: perceba que o logo da Apple ainda era colorido, isso foi em 1991).

Essa carta tem uma história interessante: Apesar da presença da Apple no Brasil, no final dos anos 80 – inicio dos 90, ser quase nula, eles sempre participavam da falecida Fenasoft, em São Paulo. O pessoal do stand usava uns bottons bem legais, com o logo da Apple. Eu e meus amigos todo ano pedíamos aqueles bottons, mas a resposta era sempre a mesma: “só temos para nosso uso, não podemos dar”. Sendo assim, resolvi escrever direto para a Apple pra ver se conseguia alguns (pois é, ninguém aqui sabia o que era email, não havia Internet para a população). Eis a resposta:

Clique nas imagens para ampliar

Resposta da Apple.

Os bottons eles não mandaram, mas enviaram alguns adesivos (que também estavam perdidos por aqui):

Adesivos com o logo colorido da Apple

Mais antigüidades que encontrei:

Livros sobre o assembler do 6502/65C02 (CPU do Apple II)

Detalhe de listagem em linguagem de máquina do 6502

Revistas importadas (as nacionais não prestavam e os códigos nunca funcionavam)

Preços das edições especiais da Nibble, etc.

Matéria da Nibble Special

Listagem da matéria da Nibble Special

Uma coisa que não consegui encontrar foi um catálogo que tinha da Applied Engineering, que se especializou em desenvolver acessórios para o Apple II, Macintosh, etc. Quem sabe um dia ele aparece 🙂

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O Brasil não muda mesmo :-(

иконописMais uma vez, o brasileiro sai perdendo devido a política tributária absurda adotada nesse país.

Quando os carros chineses/coreanos começaram a chegar por aqui, completos e com preço muito inferior aos nacionais (não vou discutir qualidade), fiquei com a esperança de que esse mercado que há tempos adota a filosofia do “porque vender mais barato se mesmo vendendo caro estamos batendo recordes de venda?” iria finalmente levar uma chacoalhada e ter que se adaptar, baixando os preços e, portanto, beneficiando o consumidor.

Mas não demorou muito para o governo entrar no meio e acabar com essa possibilidade. Com a desculpa de “proteger” a indústria nacional e os empregos, elevaram em 30% os impostos dos carros importados (que tenham menos de 65% de peças brasileiras). Essa elevação afeta diretamente as montadoras chinesas e coreanas (visto que carros importados de países do Mercosul tem acordos que os mantém fora desse aumento).

Enfim,  com isso, aumentam os preços dos carros importados, ao invés de baixar o preço dos carros nacionais, e mais uma vez, quem perde é o consumidor, que se vê obrigado a continuar pagando os preços absurdos dos automóveis vendidos nesse país.

É protecionismo puro (me trouxe lembranças de uma tal de “reserva de mercado”, que muitos de vocês, profissionais de informática, devem se lembrar também).

Com isso, “ferram” as empresas de fora que estavam investindo em montar sua rede de concessionárias no país. Afinal, ninguém vai montar fábricas aqui sem ter antes uma rede de concessionárias em funcionamento.

Mais ridículo ainda, é terem anunciado isso como “redução da alíquota de IPI para os carros nacionais”! Ou seja, eles aumentam o IPI dos carros em 30%, e anunciam que os carros nacionais terão redução de 30% no IPI. Será possível que acham que todo mundo é trouxa?

Até quando?!?!?!?!

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