Já fazia algum tempo que não ia à um Show ao vivo. A última vez, pelo que lembro, foi no show do Iron Maiden, na turnê do Dance of Death, no Pacaembu, em São Paulo. Já assisti 3 shows do Maiden, um com Blaze Bayley (arght!) e dois com Bruce Dickinson. Faltava ver um com Paul Dianno, o primeiro vocalista da banda.
Pois bem… faltava, pois quando soube que Paul iria tocar em Campinas (80km de onde moro), não pensei duas vezes em ir prestigiar o cara.
O show foi no Hammer Rock Bar, o atual point do Heavy Metal em Campinas. Infelizmente a estrutura do bar não foi ideal para o público presente (estava lotado). Com apenas um exaustor de ar, e 4 ventiladores (de bafo), a temperatura do local com certeza ficou acima de 50C, o que fez todo mundo se sentir dentro de uma sauna. As paredes do bar literalmente “escorriam”. No entanto, isso não abalou os ânimos do pessoal presente, muito menos da banda e do próprio Paul!
O show de abertura foi da banda Nosferatu, que eu não conhecia, mas que mandou bem, com músicas fortes e interessantes. Pena que começou tarde, e acho que a apresentação poderia ter sido mais curta.
Já era mais de uma hora da manhã quando Paul entrou no palco. Apesar de estar mancando devido a um problema no joelho, a performance do cara foi 100%. Diga-se de passagem, o cara é super simpático e mesmo enfrentando os inúmeros problemas com o microfone, que insistia em falhar, não perdeu a compostura e a simpatia, sempre mantendo o bom humor e mandando bala em clássicos do Maiden e de sua carreira solo. É obvio que a voz do cara já não é a mesma de 30 anos atrás, e Paul sabe disso, inclusive baixando a entonação em certos momentos, ao invés de “fazer feio” tentando chegar em notas que obviamente ele não consegue mais. Também não é pra menos, o cara mantém seu lado punk e manda bala na bebida super-gelada e nos cigarros durante o show.
O set list foi o mesmo das outras apresentações desta turnê, inclusive o cover do Ramones no bis. As músicas foram cantadas pelo público, do começo ao fim, especialmente as do Maiden.
Quando o show foi encerrado, já era quase 3h da manhã, e a temperatura estava insuportável. O pior foi esperar mais de 40min pra sair do bar, numa fila que não andava pois cada um tinha que passar pelo caixa pra pagar a conta do consumo. Ficou óbvio que o sistema de “comandas” não funciona para aquele lugar. Muito melhor seria o sistema de “fichas”.
Infelizmente meus planos de pegar um autografo do Paul não deram certo 🙁 Provavelmente eu teria que ficar mais duas horas naquele calor insuportável até conseguir chegar perto do cara (sim, havia fila também pra entrar no Camarim), e já estava perdendo a paciência com o calor insuportável e as filas infinitas que não andavam.
A avaliação final é que o show foi muito bom! A performance do Paul foi excelente e, mesmo com o calor, valeu cada minuto! Mas definitivamente o bar precisa mudar algumas coisas e melhorar sua estrutura, pra oferecer o mínimo de condições para quem está ali. Nem quero pensar se tivesse havido algum problema (como incêndio), com certeza muita gente teria morrido queimada ou pisoteada, algo no mínimo preocupante. Espero que os donos do bar corrijam os problemas, antes que algo de ruim aconteça.
Up the Irons!