RAD, com certeza!
Na eterna briga entre linguagens e IDEs, continuo fã do Delphi! Como atualmente estou reformando uma casa, resolvi criar uma aplicação pra controlar os gastos envolvidos, facilitando o acompanhamento e talvez, prorrogando ou antecipando o infarto 😉
A questão é que, em apenas 6 horas, criei uma aplicação completa, nativa, que roda em qualquer versão do Windows >= 98, com deploy ridiculamente fácil (graças também ao Firebird Embedded). E olha que o projeto tem até algumas frescuras, como gráficos, etc.
Fiz questão de criar algo simples, apenas com o essencial: três cadastros (gastos, fornecedores e estágios). Ou seja, qualquer “babão” consegue usar. Algumas facilidades também estão presentes, como clicar no título de uma coluna para ordená-la de forma ascendente ou descendente, filtragem de registros, busca rápida, etc.
Tenho dúvidas se com alguma outra IDE/linguagem, eu conseguiria fazer a mesma coisa em tão pouco tempo.
Pretendo colocar essa aplicação para download daqui alguns dias, caso tenha algum interessado.
O nome da aplicação eu ainda não sei, mas tô pensando em chama-la de “TôFerrado”, afinal, o preço das barras de ferro está pela hora da morte! 🙁
O Delphi é uma ótima ferramenta nesses casos!
O problema dele, ao meu ver, é com projetos beeem maiores, de longo ciclo de manutenção e onde várias pessoas precisam trabalhar nos mesmos códigos. Já tive experiências horríveis e dolorosas com o Delphi, desde a versão 5. Infelizmente as empresas adoram o R do RAD e se esquecem que junto com o D vem o M de maintenance. Problema gerencial, no fundo. Nada chega a ser culpa inteira do Delphi…
Já trabalhei em empresas onde em cada onExit de cada TEdit de código/dv do sistema inteiro havia um código completo de validação de DV. E isso era cultura da empresa.
Trabalho com Delphi há 7 anos (lembro-me de ter lido livros seus!) e hoje estou mudando para NetBeans. É beeeem mais trabalhoso que Delphi, mas o resultado final compensa pra mim.
O problema de ter vários desenvolvedores trabalhando no mesmo código é facilmente resolvido usando o Subversion ou o CVS.
Com a experiência que tenho com o Delphi (uso desde a versão 1), duvido que qualquer outra ferramenta/linguagem me dê a produtividade que consigo com ele, e hoje, produtividade é fator essencial para mim, pois trabalho sozinho.
PS: Os livros de Delphi são do Marco Cantu, eu só lancei livros de Firebird.
E eu ainda vou mais longe. Por enquanto não senti nem necessidade de sair do DELPHI 7. Recententemente desenvolvi uma rotina onde o programa navega automaticamente em várias telas de um site extraindo do html informações que eu preciso. E fiz tudo isso apenas usando WEBBROWSER + CONTROLE ACTIVEX. O delphi é mágico.
É realmente impossível trabalhar em equipe sem controle de versão. Não foi o que eu quis propor no meu comentário acima.
Na verdade o problema é cultural. Você pode fazer coisas ruins em qualquer linguagem e ferramenta. Porém, todos os projetos grandes em Delphi que eu trabalhei (TODOS!) eram orientados a clique, ou seja, pattern lógica-no-botão e copy-past. Não havia a mínima separação de lógica e de controle de UI. O Delphi facilita que isso aconteça, mas com certeza isso vai da cabeça de cada um.
Quando se trabalha sozinho (ou em grupo num projeto pequeno), isso não gera tantos códigos ruins. Ou, se gerar, ninguém vai querer a tua cabeça por isso. Veja, não digo que o programa não funcione! Estou falando de manutenção de código!
E quando se trabalha em equipe em projetos grandes, produtividade não é (ou não deveria ser 🙂 só rapidez. É velocidade com consistência e facilidade de manutenção, porque este último é onde você passa a maior parte do seu tempo.
PS: Também uso o Delphi desde a versão 1!