30 anos de Delphi

Dia 14/02/2025 o Delphi completa 30 anos de existência! Nessas 3 décadas, passou por altos e baixos em sua trajetória, mas o fato é que ele está mais vivo do que nunca, e continua sendo a melhor ferramenta de programação RAD disponível no mercado!

Para os “velhos” (me incluo nessa) que tiveram a sorte de viver o começo da “era da informática” e experimentar a programação desde sua forma mais crua até as linguagens de alto nível, o Delphi marcou uma revolução na programação para Windows que, arrisco dizer, até hoje não foi superada!

Contextualizando

Comecei a programar com 11 anos de idade, na época, usando um clone do Apple II com 48K de RAM e 1Mhz de CPU. Ele já vinha com o AppleSoft basic nativo e, obviamente, podia-se recorrer ao Assembler do 6502 para algo que exigisse mais performance. Espetando-se uma placa CP/M tornava possível executar o dBase II e criar aplicações acessando bases de dados DBF. Depois, migrei para os clones dos IBM PCs (um AT 286). Nessa época, todos os cursos de computação ensinavam Lotus 123 e dBase III+ e/ou Clipper. Esse era o caminho padrão para praticamente todos os desenvolvedores no Brasil. Perceberam que todos esses softwares rodavam em D.O.S.? Pois é! O Windows 3.1 nem tinha sido lançado!

Foi uma fase no mínimo interessante e única, onde MicroSoft e IBM “brigavam” pelo próximo sistema operacional de sucesso. De um lado o IBM OS/2 (que por sinal, também rodava aplicações do Windows 3.1) e do outro a Microsoft com o Windows! Hoje todos sabemos quem ganhou a briga.

Com o rápido aumento de popularidade do Windows, a demanda por softwares GUI cresceu em um ritmo acelerado. No entanto, as linguagens de programação e IDEs disponíveis na época, além de escassas, eram pouco produtivas. Havia o Microsoft Visual C++, QuickBasic, Visual Basic, além de algumas “bizarrices” no mercado, como o FiveWin (conhecido também por Clipper para o Windows). A própria Borland chegou a lançar um Turbo Pascal para Windows, que gerava aplicações GUI. Nessa época, na maioria das vezes, programar para Windows era basicamente escrever código bruto chamando diretamente as funções da API do Windows.

Felizmente, em 1.995 a tortura acabou!

Delphi 1.0 [1.995]

O Delphi 1.0 foi lançado e chegou oferecendo uma forma de desenvolver aplicações GUI nativas para Windows muito rapidamente e, melhor ainda, de forma visual e usando o velho e bom Pascal como linguagem de programação! Para fechar o pacote com chave de ouro, trouxe também conexão com os principais bancos de dados, além da VCL (Visual Component Library) – uma biblioteca de componentes visuais que facilitava extremamente a vida do desenvolvedor.

Comprei meu Delphi 1 na (falecida) FenaSoft, se não me engano por R$ 50! Me lembro de ter enfrentado fila para comprar!

Não demorou e o Delphi se tornou uma das principais ferramentas de desenvolvimento para Windows no Brasil. As universidades que ofereciam cursos de computação adotaram o Delphi rapidamente, fazendo com que praticamente todos os estudantes daquela época tivessem contato com a IDE, gerando um efeito positivo onde os recém-formados já saíam da faculdade conhecendo o básico, ajudando a suprir uma demanda crescente das milhares de Software Houses que também o adotaram como principal ferramenta de desenvolvimento dos seus softwares.

Com o lançamento do Delphi 1, comecei a migrar meus sistemas do Clipper 5 para o Delphi. A produtividade era absurda! Nessa época, havia muita discussão nos grupos de programadores em relação a qual era o melhor: VB ou Delphi? Posso citar algumas das vantagens:

  • Código mais eficiente/rápido e nativo (sem necessidade do uso de interpretadores/runtimes).
  • Imensa quantidade de componentes visuais – fora a VCL, havia milhares de componentes de terceiros que podiam ser integrados na IDE, para todos os fins e gostos.
  • Melhor suporte à bancos de dados.
  • Object Pascal – linguagem estruturada e orientada a objetos.

Começava a época de ouro do Delphi! Havia uma infinidade de livros no mercado, inclusive em português, além de revistas especializadas (ClubeDelphi, ActiveDelphi, The Club etc), refletindo a forte demanda por informação de qualidade.

Abrindo um parentesis: foi através do Delphi que conheci um tal de InterBase, meu primeiro contato com um banco de dados relacional. Que felicidade! Chega de bases corrompidas e reindexações diárias. E tudo ficou ainda melhor depois de alguns anos, com a chegada do Firebird.

Em 1.996, ou seja, um ano após o lançamento da primeira versão, o Delphi 2 foi lançado, trazendo compilação nativa para 32 bits e possibilidade de desenvolver em 3 camadas para banco de dados, entre outras novidades.

Nogueira, David I e eu, na BorCon 2002

O Delphi era tão forte no Brasil, que a Borland resolveu fazer uma edição local (em português) da sua tradicional conferência: a BorCon! E foi durante uma das BorCons que me encontrei pessoalmente com o Emerson Facunte, iniciando um movimento que culminou com a criação do DUG-BR.

Durante as 3 décadas, o Delphi mudou de mãos algumas vezes, e viveu uma fase complicada (pra dizer o mínimo) nas mãos da Inprise/CodeGear, até finalmente ser comprado pela Embarcadero, que trouxe a ferramenta de volta aos trilhos.

Pedi para as IAs listarem todas as versões do Delphi e seus anos de lançamento, além das principais novidades de cada versão:

Primeiras Versões (Borland):

  • Delphi 1 (1995): A versão inaugural, que revolucionou o mercado com sua interface visual e RAD (Rapid Application Development). Introduziu a linguagem Object Pascal e o framework VCL (Visual Component Library).
  • Delphi 2 (1996): Trouxe suporte para desenvolvimento de aplicações de 32 bits, aprimorando o desempenho e a capacidade dos programas.
  • Delphi 3 (1997): Novos componentes VCL (incluindo Decision Cube e TeeChart), suporte a Active Forms.
  • Delphi 4 (1998): Melhorias na linguagem, IDE (Integrated Development Environment) e VCL, Code Insight, além de suporte para novas tecnologias como COM (Component Object Model).
  • Delphi 5 (1999): Introduziu o suporte para bancos de dados ADO (ActiveX Data Objects) e aprimorou a integração com a Web.
  • Delphi 6 (2001): Trouxe o suporte para desenvolvimento de aplicações Web com IntraWeb e a tecnologia SOAP (Simple Object Access Protocol).
  • Delphi 7 (2002): Uma das versões mais populares, com foco em estabilidade e desempenho, além de melhorias na IDE e na linguagem. Suporte aprimorado a Windows XP (Temas e Estilos).

Transição e Novas Versões (Borland/CodeGear/Embarcadero):

  • Delphi 8 (2003): Versão focada no desenvolvimento para a plataforma .NET, utilizando a linguagem Delphi para criar aplicações gerenciadas.
  • Delphi 2005 (2004): Retorno ao desenvolvimento de aplicações nativas Win32, com melhorias na IDE e na linguagem.
  • Delphi 2006 (2005): Uniu o desenvolvimento para Win32 e .NET em um único ambiente, oferecendo flexibilidade aos desenvolvedores. Incluía Delphi (Win32/.NET), C++Builder e C# em uma única IDE
  • Delphi 2007 (2007): Melhorias na VCL e na IDE, além de suporte para AJAX (Asynchronous JavaScript and XML) para aplicações Web. Focado em Win32.
  • Delphi 2009 (2008): Introduziu recursos como generics e anonymous methods, aprimorando a linguagem e a produtividade.
  • Delphi 2010 (2009): Foco no desenvolvimento para Windows 7 e na criação de aplicações com interfaces mais modernas. Suporte a touch e gestos.
  • Delphi XE (2010): Integração com subversion na IDE, ferramentas de auditoria e métricas de código.
  • Delphi XE2 (2011): Introduziu o FireMonkey, permitindo a criação de aplicações nativas para diversas plataformas. Compilador 64 bits para Windows.
  • Delphi XE3 (2012): Aprimorou o FireMonkey e trouxe novidades para o desenvolvimento de aplicações móveis.
  • Delphi XE4, XE5, XE6, XE7 e XE8 (2013-2015): Continuaram a expandir o suporte multiplataforma e aprimorar a linguagem e a IDE.
  • Delphi 10 Seattle, 10.1 Berlin, 10.2 Tokyo, 10.3 Rio e 10.4 Sydney: Versões que trouxeram melhorias contínuas, suporte para novas tecnologias e foco na produtividade dos desenvolvedores.
  • Delphi 11 Alexandria e 12 Athens (2015…): As versões mais recentes, com foco em desenvolvimento multiplataforma, melhorias na IDE e na linguagem, além de suporte para as últimas tecnologias do mercado.

DUG-BR (Delphi Users Group Brasil)

Lançamento oficial do DUG-BR na Saraiva (Marcos, Akira, Facunte, Marcelo, Cantu e Nogueira)

Em 29 de março de 2.003, na Livraria Saraiva em São Paulo, durante o lançamento do livro “Delphi 7 Internet & Banco de Dados” do Emerson Facunte, o DUG-BR foi finalmente anunciado publicamente.

A ideia de montar o grupo veio do próprio Facunte, reunindo pessoas chave da comunidade Delphi da época. O grupo era composto por:

  • Emerson Facunte (Saraiva)
  • Carlos H. Cantu (site FireBase)
  • Marcelo Nogueira (CTA)
  • Marcos Gomes (site Delphi-BR)
  • Sidnei Akira Egashira (site Delphi-BR)
  • Eduardo Rocha (site EduDelphiPage)
  • Marcelo Ribeiro (site Active Delphi)
  • Celso Paganelli (revista The Club – só no início)
  • Gladstone Matos (revista Clube Delphi – só no início)
Edu, Nogueira, Marcos, Facunte, Cantu, Marcelo, Akira e Daniel

A missão do DUG era clara: levar conhecimento sobre Delphi para todos, através de eventos com diversas palestras, os quais batizamos de DDD (Delphi Developers Day). Além de fazer total sentido “semanticamente falando”, a abreviação DDD já era amplamente conhecida por todos os brasileiros, pois era como chamavamos as ligações telefônicas entre cidades (Discagem Direta à Distância). Durante vários anos, fui o presidente do DUG-BR, cargo passado posteriormente para o Marcelo Nogueira.

O primeiro DDD foi realizado em Piracicaba-SP, na Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP), em 4 de outubro de 2.003. Mesmo sendo estreantes como organizadores de eventos, ele de cara já foi um sucesso, com mais de 200 pessoas presentes! Os temas das palestras foram: Rave Report, Stored Procedures no IB e FB, Aplicações para internet no Delphi 7 e Desenvolvimento RAD Para Linux.

Vista parcial do público no 1º DDD

Desde o início, adotamos a premissa de que a inscrição para nossos eventos seria a mais barata possível, cobrando basicamente o suficiente para cobrir os custos com aluguel de equipamentos, translados, coffee-break etc. Em suma, o objetivo era não deixar que o fator financeiro fosse um empecilho para a participação de alguém! A inscrição para o primeiro FDD custava R$ 12,00 (sim, você leu certo: doze reais! inacreditável, não?!).

Ao todo, foram realizados 10 DDDs em diversas cidades, entre elas Piracicaba, Bauru, Sorocaba, São Paulo e Uberlândia, até o grupo se dissolver. No final desse artigo você encontra a reprodução do report original do 1º DDD.

Presente e futuro – o que esperar?

Torço para que o Delphi continue evoluindo sem perder sua essencia RAD e ganhando cada vez mais qualidade, e que a Embarcadero/Idera continue investindo e acreditando em seu potencial, e se esforce para trazê-lo de volta às universidades, de onde jamais deveria ter saído!

Durante os 30 anos que faço uso do Delphi, nunca tive que recorrer a outra ferramenta de programação para desenvolver softwares desktop para Windows, dos mais variados tipos. Ele evoluiu, acompanhou e deu suporte às inovações e padrões de mercado que surgiram durante essas três décadas, sem praticamente perder compatibilidade com o código legado e sem deixar de ser a ferramenta RAD que tanto gostamos! Isso não é pouca coisa!

Share and Enjoy !

Comprando guitarra da China

Esse é um relato do processo de compra de uma guitarra elétrica da China. Espero que ajude outros que queiram fazer a mesma coisa 😉

Meu interesse era por uma réplica da “Number One“, do Stevie Ray Vaughan. Tentei encontrar na internet fornecedores chineses com bom preço e que enviassem pro Brasil. Tentativas de contato com vendedores em portais como DHGate etc. foram todas frustradas, o que já era um mau sinal. Os vendedores que achei no eBay não enviavam para o Brasil. Finalmente, encontrei no AliExpress um vendedor bem comunicativo e que respondeu minhas dúvidas bem rapidamente. Segundo ele, trabalha em uma fábrica de guitarras na cidade de Shandong.

Após negociar um descontinho (como todo bom brasileiro 😀 ), fiz o pedido no AliExpress. Entre fazer o pedido, pagar os impostos e receber a guitarra, se passaram cerca de 40 dias. O envio foi feito via China Post usando o método Colis Postalis, o que acaba sendo quase que uma necessidade para pagar menos impostos (couriers como DHL, Fedex etc cobram taxas de serviço, além dos impostos normais, portanto, não eram uma opção).

Ao chegar no Brasil, a RF taxou o produto usando como base de cálculo o valor arbitrado de USD 80. No fim das contas, o valor total gasto ainda compensou bastante!

As dicas para esse tipo de compra são:

  • Converse antes com o vendedor e tire todas as suas dúvidas. Se ele não responder, já descarte pois é sinal de falta de comprometimento (ou “gópi”).
  • Não compre de lojas que participam do programa Remessa Conforme, do contrário, de cara, já na compra, você irá pagar 94% de impostos (60% taxa de importação + 17% ICMS) sobre o valor total do pedido, deixando o valor final um absurdo!
  • Certifique-se que o método de postagem tem rastreio, para que você possa acompanhar o andamento da entrega. Não use couriers (DHL, Fedex etc) para transporte, do contrário, além dos 94% ainda pagará pelo serviço deles de desembaraço etc. Chega mais rápido? Sim! Mas a facada é bem maior!
  • Fique de olho no valor do frete, pois ele entra também no cálculo do imposto. No meu caso, o frete foi grátis.
  • Tenha em mente que é uma guitarra chinesa, ou seja, não espere a qualidade de uma original.

Segue o link do vendedor, lembrando que ele tem diversos modelos de guitarra (veja alguns no final desse post) 🙂

Sobre a guitarra

Pelo preço pago (mesmo com os impostos), vale muito a pena! A construção é muito boa! Obviamente o hardware usado é “genérico chinês” – por esse preço, não tem milagre – mas confesso que me surpreendi positivamente com o que chegou.

A atenção aos detalhes também foi uma surpresa, como vocês podem conferir nas fotos abaixo. Segundo o vendedor, as madeiras usadas nela são: Alder/Amieiro (corpo), Maple/Bordo (braço) e Rosewood/jacarandá (fingerboard).

O vídeo abaixo foi gravado com tudo”original”, ou seja, sem ter trocado nenhuma peça com exceção das cordas. A única coisa que fiz foi mandar pro Feio Tomaz, luthier aqui de Pira, que deu uma geral ajustando a ação, intonação, regulou alavanca, hidratou o braço, trocou as cordas [coloquei Elixyr 0.9 – bem mais leves do que as que o Stevie usava] etc, ou seja, basicamente aquele trampo básico que se deve fazer em qualquer guitarra recém comprada 😉

Algumas fotos

Abaixo algumas fotos da guitarra recebida.

Outras guitarras

Abaixo algumas outras guitarras desse mesmo vendedor. Tem pra todos os gostos 🙂

Clique nas imagens para mais informações

Share and Enjoy !

Robô aspirador – vale a pena?

Os robôs aspiradores de pó já existem há algum tempo e geralmente são encontrados em diversos modelos, com diferentes funcionalidades. Fato é que eles têm ficado cada vez mais baratos e inteligentes, sendo possível encontrar modelos simples com preços abaixo de R$ 500.

Durante um tempo, duvidei da eficiência desses robôs, mas recentemente decidi arriscar e comprar um pra ver no que dava. Uma coisa era certa: fugiria dos modelos “pé de boi” e escolheria um que tivesse, no mínimo, recursos que considero essenciais para ter um resultado satisfatório, sendo:

  • Retorno automático para a base de carregamento
  • Mapeamento automático da “casa”
  • Possibilidade de definir áreas proibidas ou barreiras virtuais que ele não pode passar
  • Bom custo x benefício

Sendo assim, depois de alguma pesquisa, comprei no AliExpress o Abir X8, uma marca chinesa, mas que tem armazém no Brasil, ou seja, você compra o produto que já está no estoque do país, sabendo exatamente quanto vai pagar (sem risco de taxas etc.) e a entrega, no meu caso, foi feita em 3 dias (pelo Correio). A Abir tem alguns outros modelos com funcionalidades inferiores ou superiores. O X8, na minha opinião, foi o que apresentou o melhor custo x benefício. Além dos recursos essenciais que listei acima, ele também “passa pano” e possui uma luz ultravioleta que vai matando os germes do chão.

Aparentemente o X8 é baseado em uma plataforma OEM usada também por outras marcas. O robô Smart 700, encontrado no mercado nacional, provavelmente usa a mesma plataforma do X8. Optei pelo X8 porque o Smart 700 é um modelo mais defasado da plataforma, sem a luz ultravioleta.

Na prática

Alerta de spoiler: valeu cada centavo!

O X8 possui tecnologia LIDAR, que usa um laser invisível para fazer o mapeamento 3D das áreas e que, para a minha surpresa, funcionou excepcionalmente bem! Você liga o robô e imediatamente ele mapeia todo o espaço que conseguir “enxergar”. Depois, conforme vai se deslocando e tendo acesso a outras áreas da casa, o mapa vai sendo ampliado automaticamente. Não canso de acompanhar, pelo aplicativo, o mapeamento em tempo real!

Mapeando novas áreas enquanto limpa

Por falar em aplicativo, o X8 usa o app Smart Life (disponível para iOS e Android). Através dele você consegue configurar todos os parâmetros, como língua (sim! ele fala em português!), salvar os mapas de diferentes andares da casa, definir as áreas de exclusão e barreiras/paredes virtuais, ligar/pausar remotamente a aspiração, etc. Como o Smart Life se integra com a Alexa e Google, dá pra controlar o robô através dos dispositos Echo da Amazon (ou qualquer outro que possua Alexa) ou do Google Nest.

No fim do primeiro teste, o resultado foi surpreendente! A quantidade de poeira, pequenas folhas de plantas, etc. que ele conseguiu aspirar foi impressionante, assim como a “esperteza” em mapear e traçar os caminhos por onde vai passar, entrando e saindo por debaixo de camas, mesas, cadeiras, etc. sem dificuldade! O único ponto de atenção é tirar do chão qualquer fio ou cabo de energia, pois muito provavelmente vão enroscar no robô, bem como aqueles tapetes pequenos de “limpar os pés” que são muito leves e podem “embolar” quando o robô tenta passar por cima.

Sensores anti-queda em ação
Se entrou, tem que saber sair 🙂

Feita a primeira aspiração, era hora de trocar o depósito de residuos (poeira) pelo de água, para testar o recurso de passar pano (conhecido como MOP). O X8 tem capacidade para cerca de 300ml de água, que pode inclusive estar adicionada de produtos de limpeza (não abrasivos). Aproveitei o momento para definir no mapa as áreas e exclusão, como por exemplo, onde há tapetes. Você pode definir áreas de exclusão tanto para aspiração como para o MOP, de forma independente.

Conclusão

Como já adiantei no spoiler acima: Valeu cada centavo! O X8 cumpre o que promete, com uma eficiência muito acima do que eu esperava. É uma daquelas coisas que depois que você tem, não fica mais sem! 100% aprovado! Aqui está o link de onde comprei o meu.

Lembre-se: prefira comprar de vendedores que tem estoque no Brasil, e preste atenção no anúncio pois na maioria das vezes há códigos de cupons de desconto disponíveis no próprio anúncio 😉
PS: A Abir diz que dá 3 anos de garantia para o produto.

Share and Enjoy !

FreeStyle Libre – opinião após 7 anos de uso

Devo ter sido um dos primeiros usuários do Libre no Brasil! Já sabia da existência do sensor no exterior e aguardei ansiosamente o lançamento no mercado nacional e, quando isso aconteceu, tratei logo de comprar o kit com leitor e sensor e começar a usar, como relatei no meu post de 2016.

De lá para cá, tivemos o lançamento da versão 2 e 3, mas só no exterior! No Brasil, continuamos com acesso apenas a primeira versão do produto. No entanto, algumas coisas mudaram, como, por exemplo, a disponibilização do aplicativo LibreLink permitindo a leitura dos sensores através de smartphones com NFC (Near Field Communication), tecnologia que vem se tornando cada vez mais comum, mas que por aqui continua limitada aos celulares mais caros. Cabe uma observação: apesar dessa possibilidade ser amplamente divulgada pela Abbott em suas propagandas, existe uma pegadinha que pode custar caro para o usuário: a Abbott tem uma lista de celulares “testados por eles” e se você usar o LibreLink em um celular que não consta nessa lista e tiver problema com algum sensor, eles não vão substituir o sensor gratuitamente, alegando que o celular não é homologado! Me parece uma desculpa esfarrapada pois celulares vendidos oficialmente no Brasil já passaram pelos testes da Anatel e, portanto, já teve o NFC homologado por um órgão competente.

Já não bastasse ficarmos para trás frente aos outros países em relação a versão do produto, aparentemente desde o final de 2.022 o mercado nacional foi inundado por sensores defeituosos. Já perdi a conta de quantos sensores troquei esse ano! Com certeza já deve ter passado de 20! Alguns não chegam nem a funcionar, outros funcionam por alguns dias e outros funcionam com medições muito distantes da realidade. Ligar para a Abbott para solicitar a troca continua sendo uma tarefa angustiante e burocrática! Cada hora pedem mais coisas: foto do cupom fiscal, foto do sensor aplicado, print de telas, foto de comprovante de envio do sensor defeituoso, enfim, parece que tratam você como algum malandro que quer simplesmente conseguir um sensor de graça! Eu estaria feliz comprando sensores a cada 14 dias, se eles funcionassem com precisão pelo tempo prometido! Seria um imenso prazer nunca ter que ligar para a Abbott para solicitar troca de sensores defeituosos!!!

O fato é que minha confiança no produto foi abalada absurdamente nos últimos meses. São tantos problemas que fica difícil fazer uma medição e acreditar no valor mostrado! Parece ser o caso onde a falta de concorrência faz com que a empresa entregue “qualquer coisa”.

Li algumas notícias sobre o desenvolvimento (lá fora) de sistemas closed-loop baseados no Libre. Pra quem não sabe, esses sistemas tentam simular a ação de um pâncreas através da comunicação direta entre o sensor e uma bomba de insulina, liberando a insulina necessária para manter a glicemia dentro da faixa desejada. Com tantos sensores problemáticos, eu não usaria um sistema closed-loop com o Libre!

Experiência recente (set/2023)

Tive uma experiência recente que demonstra como a atual situação dos sensores é estressante: Fiz uma viagem de 14 dias para o exterior. Saí de casa para Guarulhos com um sensor aplicado há 10 dias e, milagrosamente, ainda funcionando. Durante a viagem até o aeroporto, o sensor parou de funcionar! Felizmente, estava levando 3 sensores de backup! Apliquei logo o primeiro e segui viagem. Quando cheguei em Guarulhos, tentei fazer a primeira leitura, e já acusou erro, dizendo que era pra substituir o sensor. Troquei para um novo sensor que, mais uma vez, não chegou a funcionar! Já era madrugada quando instalei o terceiro sensor, em menos de 24h e, pasmem, também não funcionou! Restava apenas 1 sensor dos 3 de backup que eu levei para a viagem toda! Felizmente esse último funcionou, mas meus backups acabaram antes mesmo de eu sair do Brasil! Tive que passar em uma Drogaria São Paulo e pegar mais um sensor pois era quase certo que esse que tinha funcionado não duraria os 14 dias, e realmente não durou! Enfim, esse é apenas um exemplo real do quão estressante pode se tornar a vida de um usuário do Libre!

Enfim, torço imensamente que alguma empresa lance uma solução mais precisa e versátil, fazendo com que a Abbott “se mexa” e lance as novas versões no Brasil, mas principalmente, que melhore a qualidade dos sensores e trate seus consumidores com mais respeito!

Share and Enjoy !

“Ruído” ao reproduzir áudio no Windows

Já não é a primeira vez que compro um notebook e ao reproduzir qualquer som no Windows, desde um simples “beep” de notificação do sistema até um áudio qualquer, dá pra ouvir um pequeno ruído logo que o áudio começa a ser reproduzido, o que considero no mínimo irritante!

Depois de muita pesquisa, descobri que se trata da configuração de economia de energia do dispositivo de áudio! Para economizar energia (será que economiza tanto assim?!?!) o driver desativa o dispositivo passado algum tempo desde a reprodução do último áudio. Com isso, quando um novo som é reproduzido, o driver “liga” a energia do dispositivo, o que acaba gerando o tal ruído nos alto-falantes. Depois de reproduzido o som, o driver aguarda um determinado tempo para desligar a energia, o que as vezes também pode gerar um ruído perceptível.

A solução é encontrar no registro do Windows a classe que representa o driver de áudio (no meu caso, da Realtek) e desligar a economia de energia para ele. Um artigo da Microsoft explica os parâmetros que podem ser modificados. No meu caso, apenas coloquei zero no parâmetro PerformanceIdleTime, desligando a economia de energia quando o notebook estiver plugado na tomada. Bastou alterar o valor e reiniciar o Windows que o problema foi resolvido!

Para encontrar a classe que se referia ao dispositivo de áudio em questão, abri o regedit do Windows, fui até HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Control\Class\ e mandei buscar pela palavra “Realtek” (encontrou vários locais). Depois disso, fui procurando pela opção PowerSettings, onde se encontra o parâmetro PerformanceIdleTime, e fiz as alterações descritas acima.

Espero que seja útil para outras pessoas!

Beth’s feijoada

A friend of mine who visited Brazil many years ago and tasted my wife’s feijoada recently asked me about its recipe. A few days ago, Beth (my wife) was about to make a feijoada and I took some pictures and collected the necessary information to teach my friend how to prepare it. I’m publishing the instructions here, in English, so other foreigners can try this really tasty Brazilian typical food.

By the way, there is a legend in Brazil that feijoada was a food made by/for the slaves using the remaining meat from the “big house”, but that’s not true. Feijoada is an adaption of cassoulet and, imho, a much better and enhanced version.

Feijoada is mostly black beans mixed with different cuts of pork meat and sausages, and should be eaten preferably in the winter. If you wanna give it a special touch, you can prepare it in the wood stove 😉

So, let’s go… I’ll do my best to translate the ingredients names correctly. Probably some of the sausages can be hard to find outside Brazil, but with the currently globalization, I believe it is possible to find anything anywhere:

  • Black beans
  • Calabresa sausage (google translated as Pepperoni Sausage, but I don’t think it is really the same thing)
  • Paio sausage (Google doesn’t know how to translate this)
  • Pork loin
  • Smoked pork ribs
  • Jerked beef
  • Smoked bacon (or maybe, as my friend said after looking at the photo: fat salt pork)

For the ingredient amounts, well… for this recipe, we used 1kg of black beans, 250g of calabresa, 170g of Paio, 350g of ribs and 150g of bacon. You may play around with the quantities as you wish, but this amounts already gave us a great feijoada!

PS: Some people like also to add pork foot, ear, etc. We don’t, but this is a personal taste.

Preparing the feijoada

Black beans resting in the water

You must start preparing it one day before eating.
At night, put the black beans into water and let it sleep overnight (if necessary, you can complete with more water from time to time, since the beans will probably absorb the water).

First step to remove the salt from the

Get a pan and put the jerked beef covered with water. Leave it there for 30 minutes. You can do the same with other salted meats that you may have. This is to remove the salt from the meat, as you probably guessed.
Throw out the water, and repeat the process two more times, but for the 2nd and 3rd times, you will boil the meat in the water to help with the salt extraction.

Share and Enjoy !

1 2 3 30