FDD – Traduções das palestras
Outro comentário que sempre aparece nas pesquisas sobre o FDD é sobre as traduções das palestras. Desde a segunda versão do evento, ele conta com a presença de palestrantes internacionais. Como no Brasil a grande maioria das pessoas não entendem o inglês “falado” (as vezes nem o escrito, ehheh), é necessário ter algum tipo de tradução para o pessoal não ficar “boiando”.
O sistema de tradução adotado no evento é o consecutivo. Explicando: o palestrante fala alguma coisa, pára, ocorre a tradução do que foi falado, e o ciclo continua.
Algumas pessoas reclamam, dizendo que uma tradução “realtime” com o uso de headphones seria melhor, no entanto, alguns fatores fazem com que eu ainda prefira o modelo atual, vejamos:
- Tradução realtime requer um tradutor “multi-tarefa” (tem que ouvir e traduzir ao mesmo tempo). Na verdade, essas traduções geralmente usam dois tradutores, pra evitar “brancos”. O problema é que as palestras são extremamente técnicas, e colocar ali dois tradutores que não conheçam o assunto é, como diria o Capitão Nascimento, “pedir pra dar merda”. Do outro lado, encontrar dois tradutores com poder de “multiprocessamento cerebral” e que entendam do assunto é tarefa praticamente impossível.
- O equipamento de transmissão e headphones gerariam um aumento do custo e demora, afinal, eles teriam que ser distribuidos e recolhidos em cada palestra internacional.
- No modelo atual, as pessoas tem a chance de ouvir as frases em inglês e tentar entendê-las, e logo em seguida ouvir a tradução.
Quem foi ao segundo FDD sabe o risco de ter um tradutor que “não dê conta do recado”. Naquela edição, tivemos a indicação de um tradutor que trabalhava com informática e havia morado alguns anos na Inglaterra. Parecia a pessoa ideal. Realmente, o inglês dele era fluente, mas quando começou a ouvir termos como “gbak” e “database corruption”, a coisa começou a embananar. Felizmente, Mauricio Longo, apareceu pra salvar a pátria. O trabalho dele foi tão bom que passou a ser o “tradutor oficial” do FDD 🙂