Foi lançado oficialmente no mercado brasileiro o sensor de glicose Smart 2.0, que será importado e distribuído pela MedLevensohn, e o que posso dizer é que: dos sensores que já usei, ele é o melhor até agora! Mas como sei disso se ainda não está disponível comercialmente no mercado brasileiro? [novembro/25]
O fato é que esse sensor (fabricado na China, pela Microtech MD) é vendido fora do Brasil há algum tempo com outros nomes, em especial LinX e Aidex X, sendo esse último oferecido somente na China. Estou usando o LinX há vários meses, comprando no AliExpress, e tem sido excelente! Além de ser o menor sensor disponível e com duração de 15 dias, a acuracidade, na minha experiência, tem sido ótima! Outro ponto positivo: todos os sensores funcionaram até o fim!
Para completar, é o único sensor (ao menos que eu saiba) que já vem calibrado de fábrica mas que oferece a possibilidade de calibrar manualmente no próprio aplicativo, se necessário! Com os sensores de outras marcas, especialmente após o 10º dia de uso, minhas medições ficavam muito abaixo da real, o que muitas vezes significava uma falsa hipoglicemia! Com o LinX/Smart 2.0, se isso acontecer, é possível calibrar a medição e resolver o problema! Precisei fazer isso algumas vezes, em outras o sensor funcionou os 15 dias com boa precisão, sem necessidade de qualquer calibragem!
Smart 2.0 é outro produto!
Não acho que foi uma boa ideia lançarem o LinX no Brasil com o nome Smart 2.0, o que acaba criando um “vínculo” com o sensor Smart que já é vendido no Brasil há um bom tempo, e que tem muitos reviews negativos. Algumas pessoas podem torcer o nariz mesmo antes de testar o Smart 2.0 só pelo fato de haver uma suposta relação entre os dois. Acredite, são sensores totalmente diferentes, a começar pelo fato de que o Smart 2.0 não precisa de transmissor separado.
Conclusão
Dê uma chance ao Smart 2.0/LinX e teste você mesmo! No meu caso, foi uma mudança excelente na experiência que vinha tendo com outros sensores, conforme vocês podem ler nos diversos posts que fiz nesse mesmo blog. A previsão é que o Smart 2.0 esteja disponível oficialmente para compra no mercado nacional a partir de dezembro/25.
Enfim, é ótimo ver que mais sensores de diferentes fabricantes estão chegando no Brasil, permitindo que cada um escolha aquele que lhe serve melhor.
Uma pena a Anvisa levar tanto tempo para liberar o registro deles, mesmo quando o mesmo sensor já tem aprovação no na CE ou em outros orgãos internacionais similares. A culpa, pelo que dizem, é a falta de recursos humanos frente a quantidade de pedidos de registro a serem analisados, ou seja, Brasil sendo Brasil 🙁
Uma pena também estar havendo uma certa “colusão” nos preços entre os fabricantes. Seria ótimo se alguns deles chegassem com preços realmente mais baixos, forçando os outros fabricantes a baixarem os preços, fazendo com que mais pessoas tivessem acesso à essa tecnologia.
Dia 14/02/2025 o Delphi completa 30 anos de existência! Nessas 3 décadas, passou por altos e baixos em sua trajetória, mas o fato é que ele está mais vivo do que nunca, e continua sendo a melhor ferramenta de programação RAD disponível no mercado!
Para os “velhos” (me incluo nessa) que tiveram a sorte de viver o começo da “era da informática” e experimentar a programação desde sua forma mais crua até as linguagens de alto nível, o Delphi marcou uma revolução na programação para Windows que, arrisco dizer, até hoje não foi superada!
Contextualizando
Comecei a programar com 11 anos de idade, na época, usando um clone do Apple II com 48K de RAM e 1Mhz de CPU. Ele já vinha com o AppleSoft basic nativo e, obviamente, podia-se recorrer ao Assembler do 6502 para algo que exigisse mais performance. Espetando-se uma placa CP/M tornava possível executar o dBase II e criar aplicações acessando bases de dados DBF. Depois, migrei para os clones dos IBM PCs (um AT 286). Nessa época, todos os cursos de computação ensinavam Lotus 123 e dBase III+ e/ou Clipper. Esse era o caminho padrão para praticamente todos os desenvolvedores no Brasil. Perceberam que todos esses softwares rodavam em D.O.S.? Pois é! O Windows 3.1 nem tinha sido lançado!
Foi uma fase no mínimo interessante e única, onde MicroSoft e IBM “brigavam” pelo próximo sistema operacional de sucesso. De um lado o IBM OS/2 (que por sinal, também rodava aplicações do Windows 3.1) e do outro a Microsoft com o Windows! Hoje todos sabemos quem ganhou a briga.
Com o rápido aumento de popularidade do Windows, a demanda por softwares GUI cresceu em um ritmo acelerado. No entanto, as linguagens de programação e IDEs disponíveis na época, além de escassas, eram pouco produtivas. Havia o Microsoft Visual C++, QuickBasic, Visual Basic, além de algumas “bizarrices” no mercado, como o FiveWin (conhecido também por Clipper para o Windows). A própria Borland chegou a lançar um Turbo Pascal para Windows, que gerava aplicações GUI. Nessa época, na maioria das vezes, programar para Windows era basicamente escrever código bruto chamando diretamente as funções da API do Windows.
Felizmente, em 1.995 a tortura acabou!
Delphi 1.0 [1.995]
O Delphi 1.0 foi lançado e chegou oferecendo uma forma de desenvolver aplicações GUI nativas para Windows muito rapidamente e, melhor ainda, de forma visual e usando o velho e bom Pascal como linguagem de programação! Para fechar o pacote com chave de ouro, trouxe também conexão com os principais bancos de dados, além da VCL (Visual Component Library) – uma biblioteca de componentes visuais que facilitava extremamente a vida do desenvolvedor.
Comprei meu Delphi 1 na (falecida) FenaSoft, se não me engano por R$ 50! Me lembro de ter enfrentado fila para comprar!
Não demorou e o Delphi se tornou uma das principais ferramentas de desenvolvimento para Windows no Brasil. As universidades que ofereciam cursos de computação adotaram o Delphi rapidamente, fazendo com que praticamente todos os estudantes daquela época tivessem contato com a IDE, gerando um efeito positivo onde os recém-formados já saíam da faculdade conhecendo o básico, ajudando a suprir uma demanda crescente das milhares de Software Houses que também o adotaram como principal ferramenta de desenvolvimento dos seus softwares.
Com o lançamento do Delphi 1, comecei a migrar meus sistemas do Clipper 5 para o Delphi. A produtividade era absurda! Nessa época, havia muita discussão nos grupos de programadores em relação a qual era o melhor: VB ou Delphi? Posso citar algumas das vantagens:
Código mais eficiente/rápido e nativo (sem necessidade do uso de interpretadores/runtimes).
Imensa quantidade de componentes visuais – fora a VCL, havia milhares de componentes de terceiros que podiam ser integrados na IDE, para todos os fins e gostos.
Melhor suporte à bancos de dados.
Object Pascal – linguagem estruturada e orientada a objetos.
Começava a época de ouro do Delphi! Havia uma infinidade de livros no mercado, inclusive em português, além de revistas especializadas (ClubeDelphi, ActiveDelphi, The Club etc), refletindo a forte demanda por informação de qualidade.
Abrindo um parentesis: foi através do Delphi que conheci um tal de InterBase, meu primeiro contato com um banco de dados relacional. Que felicidade! Chega de bases corrompidas e reindexações diárias. E tudo ficou ainda melhor depois de alguns anos, com a chegada do Firebird.
Em 1.996, ou seja, um ano após o lançamento da primeira versão, o Delphi 2 foi lançado, trazendo compilação nativa para 32 bits e possibilidade de desenvolver em 3 camadas para banco de dados, entre outras novidades.
Nogueira, David I e eu, na BorCon 2002
O Delphi era tão forte no Brasil, que a Borland resolveu fazer uma edição local (em português) da sua tradicional conferência: a BorCon! E foi durante uma das BorCons que me encontrei pessoalmente com o Emerson Facunte, iniciando um movimento que culminou com a criação do DUG-BR.
Durante as 3 décadas, o Delphi mudou de mãos algumas vezes, e viveu uma fase complicada (pra dizer o mínimo) nas mãos da Inprise/CodeGear, até finalmente ser comprado pela Embarcadero, que trouxe a ferramenta de volta aos trilhos.
Pedi para as IAs listarem todas as versões do Delphi e seus anos de lançamento, além das principais novidades de cada versão:
Primeiras Versões (Borland):
Delphi 1 (1995): A versão inaugural, que revolucionou o mercado com sua interface visual e RAD (Rapid Application Development). Introduziu a linguagem Object Pascal e o framework VCL (Visual Component Library).
Delphi 2 (1996): Trouxe suporte para desenvolvimento de aplicações de 32 bits, aprimorando o desempenho e a capacidade dos programas.
Delphi 3 (1997): Novos componentes VCL (incluindo Decision Cube e TeeChart), suporte a Active Forms.
Delphi 4 (1998): Melhorias na linguagem, IDE (Integrated Development Environment) e VCL, Code Insight, além de suporte para novas tecnologias como COM (Component Object Model).
Delphi 5 (1999): Introduziu o suporte para bancos de dados ADO (ActiveX Data Objects) e aprimorou a integração com a Web.
Delphi 6 (2001): Trouxe o suporte para desenvolvimento de aplicações Web com IntraWeb e a tecnologia SOAP (Simple Object Access Protocol).
Delphi 7 (2002): Uma das versões mais populares, com foco em estabilidade e desempenho, além de melhorias na IDE e na linguagem. Suporte aprimorado a Windows XP (Temas e Estilos).
Transição e Novas Versões (Borland/CodeGear/Embarcadero):
Delphi 8 (2003): Versão focada no desenvolvimento para a plataforma .NET, utilizando a linguagem Delphi para criar aplicações gerenciadas.
Delphi 2005 (2004): Retorno ao desenvolvimento de aplicações nativas Win32, com melhorias na IDE e na linguagem.
Delphi 2006 (2005): Uniu o desenvolvimento para Win32 e .NET em um único ambiente, oferecendo flexibilidade aos desenvolvedores. Incluía Delphi (Win32/.NET), C++Builder e C# em uma única IDE
Delphi 2007 (2007): Melhorias na VCL e na IDE, além de suporte para AJAX (Asynchronous JavaScript and XML) para aplicações Web. Focado em Win32.
Delphi 2009 (2008): Introduziu recursos como generics e anonymous methods, aprimorando a linguagem e a produtividade.
Delphi 2010 (2009): Foco no desenvolvimento para Windows 7 e na criação de aplicações com interfaces mais modernas. Suporte a touch e gestos.
Delphi XE (2010): Integração com subversion na IDE, ferramentas de auditoria e métricas de código.
Delphi XE2 (2011): Introduziu o FireMonkey, permitindo a criação de aplicações nativas para diversas plataformas. Compilador 64 bits para Windows.
Delphi XE3 (2012): Aprimorou o FireMonkey e trouxe novidades para o desenvolvimento de aplicações móveis.
Delphi XE4, XE5, XE6, XE7 e XE8 (2013-2015): Continuaram a expandir o suporte multiplataforma e aprimorar a linguagem e a IDE.
Delphi 10 Seattle, 10.1 Berlin, 10.2 Tokyo, 10.3 Rio e 10.4 Sydney: Versões que trouxeram melhorias contínuas, suporte para novas tecnologias e foco na produtividade dos desenvolvedores.
Delphi 11 Alexandria e 12 Athens (2015…): As versões mais recentes, com foco em desenvolvimento multiplataforma, melhorias na IDE e na linguagem, além de suporte para as últimas tecnologias do mercado.
DUG-BR (Delphi Users Group Brasil)
Lançamento oficial do DUG-BR na Saraiva (Marcos, Akira, Facunte, Marcelo, Cantu e Nogueira)
Em 29 de março de 2.003, na Livraria Saraiva em São Paulo, durante o lançamento do livro “Delphi 7 Internet & Banco de Dados” do Emerson Facunte, o DUG-BR foi finalmente anunciado publicamente.
A ideia de montar o grupo veio do próprio Facunte, reunindo pessoas chave da comunidade Delphi da época. O grupo era composto por:
Emerson Facunte (Saraiva)
Carlos H. Cantu (site FireBase)
Marcelo Nogueira (CTA)
Marcos Gomes (site Delphi-BR)
Sidnei Akira Egashira (site Delphi-BR)
Eduardo Rocha (site EduDelphiPage)
Marcelo Ribeiro (site Active Delphi)
Celso Paganelli (revista The Club – só no início)
Gladstone Matos (revista Clube Delphi – só no início)
Edu, Nogueira, Marcos, Facunte, Cantu, Marcelo, Akira e Daniel
A missão do DUG era clara: levar conhecimento sobre Delphi para todos, através de eventos com diversas palestras, os quais batizamos de DDD (Delphi Developers Day). Além de fazer total sentido “semanticamente falando”, a abreviação DDD já era amplamente conhecida por todos os brasileiros, pois era como chamavamos as ligações telefônicas entre cidades (Discagem Direta à Distância). Durante vários anos, fui o presidente do DUG-BR, cargo passado posteriormente para o Marcelo Nogueira.
O primeiro DDD foi realizado em Piracicaba-SP, na Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP), em 4 de outubro de 2.003. Mesmo sendo estreantes como organizadores de eventos, ele de cara já foi um sucesso, com mais de 200 pessoas presentes! Os temas das palestras foram: Rave Report, Stored Procedures no IB e FB, Aplicações para internet no Delphi 7 e Desenvolvimento RAD Para Linux.
Vista parcial do público no 1º DDD
Desde o início, adotamos a premissa de que a inscrição para nossos eventos seria a mais barata possível, cobrando basicamente o suficiente para cobrir os custos com aluguel de equipamentos, translados, coffee-break etc. Em suma, o objetivo era não deixar que o fator financeiro fosse um empecilho para a participação de alguém! A inscrição para o primeiro FDD custava R$ 12,00 (sim, você leu certo: doze reais! inacreditável, não?!).
Ao todo, foram realizados 10 DDDs em diversas cidades, entre elas Piracicaba, Bauru, Sorocaba, São Paulo e Uberlândia, até o grupo se dissolver. No final desse artigo você encontra a reprodução do report original do 1º DDD.
Presente e futuro – o que esperar?
Torço para que o Delphi continue evoluindo sem perder sua essencia RAD e ganhando cada vez mais qualidade, e que a Embarcadero/Idera continue investindo e acreditando em seu potencial, e se esforce para trazê-lo de volta às universidades, de onde jamais deveria ter saído!
Durante os 30 anos que faço uso do Delphi, nunca tive que recorrer a outra ferramenta de programação para desenvolver softwares desktop para Windows, dos mais variados tipos. Ele evoluiu, acompanhou e deu suporte às inovações e padrões de mercado que surgiram durante essas três décadas, sem praticamente perder compatibilidade com o código legado e sem deixar de ser a ferramenta RAD que tanto gostamos! Isso não é pouca coisa!
Esse é um relato do processo de compra de uma guitarra elétrica da China. Espero que ajude outros que queiram fazer a mesma coisa 😉
Meu interesse era por uma réplica da “Number One“, do Stevie Ray Vaughan. Tentei encontrar na internet fornecedores chineses com bom preço e que enviassem pro Brasil. Tentativas de contato com vendedores em portais como DHGate etc. foram todas frustradas, o que já era um mau sinal. Os vendedores que achei no eBay não enviavam para o Brasil. Finalmente, encontrei no AliExpress um vendedor bem comunicativo e que respondeu minhas dúvidas bem rapidamente. Segundo ele, trabalha em uma fábrica de guitarras na cidade de Shandong.
Após negociar um descontinho (como todo bom brasileiro 😀 ), fiz o pedido no AliExpress. Entre fazer o pedido, pagar os impostos e receber a guitarra, se passaram cerca de 40 dias. O envio foi feito via China Post usando o método Colis Postalis, o que acaba sendo quase que uma necessidade para pagar menos impostos (couriers como DHL, Fedex etc cobram taxas de serviço, além dos impostos normais, portanto, não eram uma opção).
Ao chegar no Brasil, a RF taxou o produto usando como base de cálculo o valor arbitrado de USD 80. No fim das contas, o valor total gasto ainda compensou bastante!
As dicas para esse tipo de compra são:
Converse antes com o vendedor e tire todas as suas dúvidas. Se ele não responder, já descarte pois é sinal de falta de comprometimento (ou “gópi”).
Não compre de lojas que participam do programa Remessa Conforme, do contrário, de cara, já na compra, você irá pagar 94% de impostos (60% taxa de importação + 17% ICMS) sobre o valor total do pedido, deixando o valor final um absurdo!
Certifique-se que o método de postagem tem rastreio, para que você possa acompanhar o andamento da entrega. Não use couriers (DHL, Fedex etc) para transporte, do contrário, além dos 94% ainda pagará pelo serviço deles de desembaraço etc. Chega mais rápido? Sim! Mas a facada é bem maior!
Fique de olho no valor do frete, pois ele entra também no cálculo do imposto. No meu caso, o frete foi grátis.
Tenha em mente que é uma guitarra chinesa, ou seja, não espere a qualidade de uma original.
Segue o link do vendedor, lembrando que ele tem diversos modelos de guitarra (veja alguns no final desse post) 🙂
Sobre a guitarra
Pelo preço pago (mesmo com os impostos), vale muito a pena! A construção é muito boa! Obviamente o hardware usado é “genérico chinês” – por esse preço, não tem milagre – mas confesso que me surpreendi positivamente com o que chegou.
A atenção aos detalhes também foi uma surpresa, como vocês podem conferir nas fotos abaixo. Segundo o vendedor, as madeiras usadas nela são: Alder/Amieiro (corpo), Maple/Bordo (braço) e Rosewood/jacarandá (fingerboard).
O vídeo abaixo foi gravado com tudo”original”, ou seja, sem ter trocado nenhuma peça com exceção das cordas. A única coisa que fiz foi mandar pro Feio Tomaz, luthier aqui de Pira, que deu uma geral ajustando a ação, intonação, regulou alavanca, hidratou o braço, trocou as cordas [coloquei Elixyr 0.9 – bem mais leves do que as que o Stevie usava] etc, ou seja, basicamente aquele trampo básico que se deve fazer em qualquer guitarra recém comprada 😉
Algumas fotos
Abaixo algumas fotos da guitarra recebida.
Outras guitarras
Abaixo algumas outras guitarras desse mesmo vendedor. Tem pra todos os gostos 🙂
Usei recentemente um (novo) sensor de glicose, o LinX (ou Aidex X, dependendo do país em que você comprou). O sensor é fabricado pela Microtech MD, o mesmo fabricante dos sensores SmartMed vendidos no Brasil. Na verdade, o SmartMed no exterior se chama Aidex.
Dentro da caixa (bem pequena, por sinal) você encontra o manual (em chinês), paninho com álcool e o aplicador (já pronto para uso).
Tamanho do LinX (redondo) vs. Sibionics
As principais vantagens do LinX CGM x. FreeStyle Libre x Sibionics x SmartMed são:
Tamanho super reduzido, apenas 2.2cm (vide imagem) – é o menor do mercado!
Medições a cada 1 minuto!
Aplicação ultra-simples: sem necessidade de encaixar partes diferentes do aplicador! O produto já vem pronto pra ser aplicado, basta abrir a caixa, retirar o selo, pressionar contra o braço ou barriga e apertar o “gatilho”, muito fácil!
Inicialização super simples – não precisa scannear, o aplicativo já detecta os sensores próximos automaticamente.
MARD de 8.66%, melhor que SmartMed, Sibionics e FreeStyle Libre! Quanto menor o MARD, mais precisas são as medições.
Aplicativo permite calibração! Esse é o primeiro sensor que uso em que o aplicativo permite calibrar as medições (se necessário).
Alarmes de subida e descida brusca de glicose. Além de ser alertado quando a leitura está fora do intervalo definido, ele também avisa quando a glicose está subindo ou descendo rapidamente.
Duração de 15 dias
Diferente do Libre 1 e 2+, não é necessário ter um celular com NFC, pois a comunicação é feita integralmente via Bluetooth.
A experiência de uso
Em duas palavras: muito boa! O aplicativo é bonito, prático, fácil de mexer, e funciona muito bem! Não tive problemas com perda de sinal.
Durante os 15 dias, precisei calibrar o sensor 3x. Na minha experiência com outras marcas de sensores, eles vão perdendo a precisão depois de alguns dias de uso (especialmente depois do décimo). O fato de ser possível calibrar as leituras é um recurso muito bem-vindo!
A parte “ruim”
Como o produto não é vendido oficialmente no Brasil, a única forma de comprá-lo é via AliExpress. Sendo assim, não há suporte oficial do fabricante! Ah, mas você já sabia que não ia ter suporte, já que comprou da China. É verdade, mas a Sibionics [que na época em que escrevi o artigo ainda não era vendido no Brasil], por exemplo, tem vários canais de suporte, e respondem rapidamente, mesmo quando eles não teriam obrigação da fazê-lo. Esse foi o ponto que mais me incomodou no LinX! Tentei várias formas de contato: direto com o desenvolvedor do app, via facebook, via LinkedIn, etc. Só consegui alguma resposta via whatsapp, mas não ajudou muito.
Outro ponto importante: é bom confirmar com o vendedor (pelo chat, antes de fechar a compra) se o sensor que será enviado é compatível com o aplicativo LinX disponível na Play Store ou AppStore. Isso é necessário porque na China esse sensor é vendido como Aidex X, que apesar de ser “o mesmo sensor”, não é compatível com o aplicativo LinX. No final desse artigo eu listo alguns links de vendedores que enviam os sensores compatíveis com o LinX.
Atualização: o LinX será vendido em breve no Brasil com o nome de Smart 2.0
Conclusão
É um ótimo sensor! Tenho usado há mais de 3 meses e a experiência tem sido excelente!
Nós diabéticos já sofremos demais com a doença, levamos uma vida onde o stress está sempre presente, e é uma pena que não possamos desfrutar rapidamente das melhorias que o mercado traz, geralmente por questões puramente burocráticas (por exemplo, a lentidão da Anvisa na aprovação de novos sensores – o processo na ANVISA para o SmartMed levou 2 anos).
Alguns vendedores do AliExpress estão comercializando a versão internacional do LinX, ou seja, agora dá pra comprar o sensor e usar com o aplicativo LinX disponível na Play Store! Segue o link de dois anúncios de sensores internacionais que funcionam com o aplicativo LinX: Link1 e Link 2. Os 6 sensores que já utilizei duraram os 15 dias prometidos, e calibrei em média um ou duas vezes apenas.
Conforme descrevi em um post anterior neste blog, estou testando o sensor de glicose GS1 da SiBionics, com funcionalidades equivalentes ao Libre 2 Plus (que ainda nem foi lançado no Brasil) e mais barato!
Estou no nono dia do terceiro sensor e a experiência tem sido muito positiva. No entanto, o segundo sensor que usei apresentou, durante um período, leituras entre 50-60 mg/dl mais baixas do que o teste de ponta de dedo. Contactei o suporte da SiBionics via email e descrevi o ocorrido, enviei fotos e prints comprovando as diferenças e eles constataram que realmente o sensor estava apresentando anormalidade. O problema é que como o produto não é vendido oficialmente no Brasil, eles não teriam como trocá-lo 🙁
Sendo assim, entrei em contato via chat com o vendedor do AliExpress. Expliquei o ocorrido, enviei a resposta da SiBionics comprovando a anormalidade do sensor e ele se prontificou a enviar um sensor extra gratuitamente na minha próxima compra. Como eu estava aguardando a chegada de outro sensor que já havia comprado, combinei que assim que esse outro chegasse, compraria mais um e o avisaria pelo chat para que incluísse o sensor “extra” no mesmo envio.
Para minha surpresa, o sensor que já estava “voando” para o Brasil ficou parado na alfândega e foi encaminhado para análise/liberação pela Anvisa (isso nunca tinha acontecido). Depois de 10 dias “parado no limbo”, finalmente foi liberado e seguiu seu curso até ser entregue. Sendo assim, fiz uma nova compra e avisei o vendedor para que enviasse junto o sensor “de troca”. Recebi hoje os 2 sensores (dessa vez não ficou retido), ou seja, o vendedor cumpriu o prometido!
Portanto, aparentemente não estamos totalmente desamparados em relação a trocas de sensores SiBionics, bastando comprar de um vendedor honesto/responsável e provar que o sensor estava realmente com problema.
Nota: Aquele sensor problemático voltou a funcionar corretamente depois de passar umas 6 horas apresentando leituras muito baixas, portanto, não chegou a ser um sensor totalmente perdido! O terceiro sensor vem se comportando muito bem até o momento.
Segue dois links de duas lojas que geralmente vendem os sensores com preço abaixo de USD 50: Vendedor1 e Vendedor2.
Atualização 30/04/2024: Já estou no meu sexto sensor e, tirando aquele que ficou meio louco por algumas horas, os outros duraram 14 dias e se comportaram muito bem. Tem sido uma “paz” muito grande comparado ao “inferno” que estava sendo usar o Libre ultimamente.
Atualização 23/05/2024: Oitavo sensor e tudo indo bem! Não tive mais sensores barrados pela alfândega e todos tem chegado em até 14 dias após a compra. Ontem estive na Feira Hospitalar 2024 em SP e passei pelos stands da Sibionics e da Sinocare, que disseram que até o final de 2024 já devem estar com o registro na Anvisa aprovado para seus produtos, portanto, tudo indica que nós brasileiros não ficaremos mais reféns de um só fabricante e, finalmente, teremos outras opções (possivelmente mais baratas e melhores) nas farmácias. Resta saber se a “burrocracia” brasileira vai atrasar os planos deles (o que não seria novidade, infelizmente).
Atualização 05/02/2025: O Sibionics GS1 foi aprovado pela Anvisa, portanto, em breve provavelmente já poderemos comprá-lo oficialmente no mercado nacional, tendo suporte oficial, etc!
Os robôs aspiradores de pó já existem há algum tempo e geralmente são encontrados em diversos modelos, com diferentes funcionalidades. Fato é que eles têm ficado cada vez mais baratos e inteligentes, sendo possível encontrar modelos simples com preços abaixo de R$ 500.
Durante um tempo, duvidei da eficiência desses robôs, mas recentemente decidi arriscar e comprar um pra ver no que dava. Uma coisa era certa: fugiria dos modelos “pé de boi” e escolheria um que tivesse, no mínimo, recursos que considero essenciais para ter um resultado satisfatório, sendo:
Retorno automático para a base de carregamento
Mapeamento automático da “casa”
Possibilidade de definir áreas proibidas ou barreiras virtuais que ele não pode passar
Bom custo x benefício
Sendo assim, depois de alguma pesquisa, comprei no AliExpress o Abir X8, uma marca chinesa, mas que tem armazém no Brasil, ou seja, você compra o produto que já está no estoque do país, sabendo exatamente quanto vai pagar (sem risco de taxas etc.) e a entrega, no meu caso, foi feita em 3 dias (pelo Correio). A Abir tem alguns outros modelos com funcionalidades inferiores ou superiores. O X8, na minha opinião, foi o que apresentou o melhor custo x benefício. Além dos recursos essenciais que listei acima, ele também “passa pano” e possui uma luz ultravioleta que vai matando os germes do chão.
Aparentemente o X8 é baseado em uma plataforma OEM usada também por outras marcas. O robô Smart 700, encontrado no mercado nacional, provavelmente usa a mesma plataforma do X8. Optei pelo X8 porque o Smart 700 é um modelo mais defasado da plataforma, sem a luz ultravioleta.
Na prática
Alerta de spoiler: valeu cada centavo!
O X8 possui tecnologia LIDAR, que usa um laser invisível para fazer o mapeamento 3D das áreas e que, para a minha surpresa, funcionou excepcionalmente bem! Você liga o robô e imediatamente ele mapeia todo o espaço que conseguir “enxergar”. Depois, conforme vai se deslocando e tendo acesso a outras áreas da casa, o mapa vai sendo ampliado automaticamente. Não canso de acompanhar, pelo aplicativo, o mapeamento em tempo real!
Mapeando novas áreas enquanto limpa
Por falar em aplicativo, o X8 usa o app Smart Life (disponível para iOS e Android). Através dele você consegue configurar todos os parâmetros, como língua (sim! ele fala em português!), salvar os mapas de diferentes andares da casa, definir as áreas de exclusão e barreiras/paredes virtuais, ligar/pausar remotamente a aspiração, etc. Como o Smart Life se integra com a Alexa e Google, dá pra controlar o robô através dos dispositos Echo da Amazon (ou qualquer outro que possua Alexa) ou do Google Nest.
No fim do primeiro teste, o resultado foi surpreendente! A quantidade de poeira, pequenas folhas de plantas, etc. que ele conseguiu aspirar foi impressionante, assim como a “esperteza” em mapear e traçar os caminhos por onde vai passar, entrando e saindo por debaixo de camas, mesas, cadeiras, etc. sem dificuldade! O único ponto de atenção é tirar do chão qualquer fio ou cabo de energia, pois muito provavelmente vão enroscar no robô, bem como aqueles tapetes pequenos de “limpar os pés” que são muito leves e podem “embolar” quando o robô tenta passar por cima.
Sensores anti-queda em ação
Se entrou, tem que saber sair 🙂
Feita a primeira aspiração, era hora de trocar o depósito de residuos (poeira) pelo de água, para testar o recurso de passar pano (conhecido como MOP). O X8 tem capacidade para cerca de 300ml de água, que pode inclusive estar adicionada de produtos de limpeza (não abrasivos). Aproveitei o momento para definir no mapa as áreas e exclusão, como por exemplo, onde há tapetes. Você pode definir áreas de exclusão tanto para aspiração como para o MOP, de forma independente.
Conclusão
Como já adiantei no spoiler acima: Valeu cada centavo! O X8 cumpre o que promete, com uma eficiência muito acima do que eu esperava. É uma daquelas coisas que depois que você tem, não fica mais sem! 100% aprovado! Aqui está o link de onde comprei o meu.
Lembre-se: prefira comprar de vendedores que tem estoque no Brasil, e preste atenção no anúncio pois na maioria das vezes há códigos de cupons de desconto disponíveis no próprio anúncio 😉 PS: A Abir diz que dá 3 anos de garantia para o produto.